Ministro negou a existência de debates para acabar com o SUS |
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desmentiu veementemente as especulações de que o Governo estaria negociando com as grandes operadoras de planos de saúde, medidas para incentivar a expansão de “planos de saúde pobres para pobres” e, consequentemente, o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na abertura do congresso do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) no último final de semana, o ministro negou que essa especulação exista e reafirmou o compromisso do Governo da Presidenta Dilma Rousseff com o fortalecimento da saúde pública brasileira .
A aparente campanha pelo desmonte do SUS começou a tomar corpo nas redes sociais desde que o jornal “Folha de São Paulo” publicou artigo, no último dia 27, na sessão de opinião. Assinado por três professores universitários de áreas médicas, o artigo afirmava que “o desmonte do SUS vem sendo negociado, a portas fechadas, em encontros da presidente Dilma Rousseff com donos de planos de saúde”.
Segundo o burburinho, um pacote de medidas para reduzir impostos e garantir subsídios estaria sendo preparado, com o intuito de expandir a assistência médica suplementar. Para o ministro, tudo não passa de espuma.
“A culpa não é do jornal. Eles apenas publicaram alguma coisa que alguém falou. Algum boato que alguém fez. Existe um debate sobre a agenda regulatória, na Câmara de Saúde Suplementar, que é pública, é transparente e não tem nada a ver com a especulação feita. Até porque, seria estranho alguém imaginar que um Governo que está acabando com a miséria do País, vai debater ou discutir alguma proposta de plano de saúde pobre, voltado para os pobres. Isso sequer foi apresentado em qualquer reunião com o ministro da saúde ou com a presidenta Dilma”, assegurou.
Padilha disse que não estaria à frente de um Congresso de secretários municipais de saúde se a notícia tivesse um mínimo de veracidade. “Entre nós, gestores de saúde, não pode haver dúvida de que somos defensores do SUS. Todo secretário de saúde, as vezes vive uma relação bastante intensa com boatos que saem na imprensa. Não é bom para nós, que a gente acredite mais em especulação que surge na imprensa do que na relação que temos entre nós”, afirmou.
Com informações do blog Saúde Brasil