Alterações nas bancadas não mudam correlação de forças

Alterações nas bancadas não mudam correlação de forças

A nova sessão legislativa – que se inicia no próximo dia 2 – deve ter dez mudanças na composição do Senado em relação à abertura dos trabalhos em fevereiro do ano passado. Entre os partidos, o PR foi o que mais cresceu, ganhando três senadores, enquanto PMDB e PT perderam dois senadores cada. Nada, porém, que altere a correlação de forças entre governistas e oposicionistas.

O PMDB, com 18 senadores prossegue como a maior bancada, seguido de perto pelo PT, com 13. Três partidos representados em fevereiro passado – PMN, PPS e PSC – começam a nova sessão sem senadores. Já o PSD, criado oficialmente em setembro, mantém os dois senadores que aderiram à legenda na época.

Trocas em comandos de ministérios mexeram na composição do Senado. Enquanto Sérgio Souza (PMDB-PR) chegou em junho para substituir Gleisi Hoffmann (PT-PR), licenciada para assumir a chefia da Casa Civil, Alfredo Nascimento (PR-AM) retornou à Casa em julho depois de deixar o Ministério dos Transportes.

Já João Alberto Souza (PMDB-MA) pediu licença do cargo, em setembro, para se tornar secretário de Projetos Especiais do Governo do Maranhão. Ele foi substituído por Clovis Fecury (DEM-MA).

Também Marisa Serrano (PSDB-MS) deixou o Senado para assumir outro cargo. Em junho, ela renunciou ao mandato que iria até 2015 para se tornar conselheira do Tribunal de Contas do seu estado, sendo substituída por Antonio Russo (PR-MS).

Outros dois senadores estão afastados temporariamente do Senado devido a licenças médicas. Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Eduardo Amorim (PSC-SE) saíram em dezembro e cederam suas vagas aos suplentes Ivonete Dantas (PMDB-RN) e Lauro Antônio (PR-SE).

A morte do ex-presidente da República Itamar Franco, em julho, também alterou a distribuição de vagas entre os partidos. Itamar, que era o único senador do PPS, foi substituído pelo suplente Zeze Perrella, do PDT.

Além dessas modificações, houve duas outras, já previstas desde o início do governo Dilma Rousseff. Reeleitos em 2010 para o Senado, para mandatos até 2018, Edison Lobão (PMDB-MA) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) tomaram posse e imediatamente pediram licença para retornar aos cargos de ministros de Minas e Energia e da Previdência Social, respectivamente. Lobão Filho (PMDB-MA) e Paulo Davim (PV) assumiram suas vagas.

Três mudanças ocorreram em decorrência da decisão do Supremo Tribunal Federal de que a  Lei da Ficha Limpa não poderia ter sido aplicada às eleições de 2010. Com isso, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), João Capiberibe (PSB-AP) e Jader Barbalho (PMDB-PA), considerados inicialmente inelegíveis, tomaram posse, respectivamente nas vagas de Wilson Santiago (PMDB-PB), Gilvam Borges (PMDB-AP) e Marinor Brito (PSOL-PA).

As saídas de senadores mexeram, ainda, na composição da Mesa do Senado. Waldemir Moka (PMDB-MS) substituiu Wilson Santiago como 1º vice-presidente e Casildo Maldaner (PMDB-SC) foi escolhido para a vaga de suplente de secretário que era de Gilvam Borges.

Fonte: Agência Senado

Veja Infográfico com a Composição das bancadas do Senado em janeiro de 2012

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