Neste mês de setembro, os trabalhadores da Petrobrás comemoram dez anos de produção no pré-sal, cujos campos registraram em julho a marca histórica de 1,821 milhão de barris de óleo e gás por dia. Isso representa 55,1% de toda a produção nacional. São raros os países produtores de petróleo que realizaram essa façanha em tão pouco tempo.
Isso só foi possível, em função dos investimentos massivos que a Petrobrás recebeu nos governos democráticos e populares, que recuperaram a engenharia da empresa, fortaleceram as pesquisas em tecnologia, e fizeram da estatal brasileira uma das maiores petrolíferas do mundo.
Há países que sequer conseguem produzir a quantidade de petróleo extraída de um único poço do pré-sal. No campo de Nero, localizado na área de Libra, apenas um poço produziu em junho 58 mil barris de óleo e gás por dia. Isso é mais do que a produção diária de países como Síria, Tunísia e Iêmen.
A despeito de toda a sua importância estratégica, o pré-sal está sendo entregue às multinacionais pelo governo Temer em troca de centavos. Desde o golpe, em 2016, já foram realizados cinco leilões de petróleo, onde foram entregues cerca de 30 bilhões de barris de petróleo de reservas preciosas do pré-sal e das áreas contíguas, localizadas no entorno desta fronteira.
“Este governo e os parlamentares entreguistas estão doando nosso petróleo às multinacionais e acabando com as possibilidades de desenvolvimento, industrialização, emprego e renda que o pré-sal poderá gerar para o País. Estamos retrocedendo ao colonialismo”, alerta o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Simão Zanardi, ressaltando que só a mudança do projeto político poderá reverter esta situação.