Amazonas terá primeira Unidade de Saúde Fluvial construída com verba federal

Unidade Básica atenderá a mais de 12 mil pessoas, de 230 comunidades, e contará com reforço de uma equipe de Saúde da Família.

As populações ribeirinhas do Amazonas passam a contar com uma Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) que irá levar atendimento a mais de 12 mil pessoas em 230 comunidades. A UBSF Igaraçu é a primeira construída com recursos federais e terá o reforço de uma equipe de Saúde da Família. Na embarcação, serão atendidas as populações ribeirinhas do município de Borba que vivem às margens de seis rios: Madeira, Madeirinha, Autaz-Açu, Canumã, Abacaxis e Sucunduri.

“Precisamos investir cada vez mais na assistência da população que vive na Amazônia”, avalia o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A inauguração da UBSF reforça e qualifica o atendimento em uma área remota. O ministro reafirmou ainda que os resultados que esta UBSF traz para a saúde da comunidade são imediatos. “O mais importante é a prevenção e nessa embarcação podemos realizar exames laboratoriais que detectam precocemente várias doenças, aumentando a capacidade de tratamento e cura”, completou Padilha.

Além dessa unidade, o Ministério entregou a três equipes de Saúde da Família, do município de Borba, a certificação máxima do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).

Saúde Fluvial

Lançado em 2011, o Programa de Construção de Unidades Básicas de Saúde Fluviais, componente do RequalificaUBS, prevê recursos para aquisição de 64 embarcações. Os municípios contemplados enviaram projetos ao Ministério da Saúde, com a indicação do território e população a serem cobertos e a programação de viagens em cada ano, incluindo o itinerário das comunidades atendidas, dentre outros requisitos.

Atualmente, o Ministério da Saúde custeia a UBSF Abaré I, do município de Santarém (PA), que presta assistência a 15 mil pessoas de 72 comunidades ribeirinhas nas margens do rio Tapajós. Em breve, também serão credenciadas mais três UBSF para o custeio das atividades em Portel (PA), Gurupá (PA) e Cruzeiro do Sul (AC).

O Ministério da Saúde investiu mais de R$ 1,2 milhão na construção da embarcação e realizará repasses de até R$ 600 mil por ano para seu funcionamento. A embarcação Igaraçu, que significa “Canoa Grande” na língua tupi, prestará assistência na Atenção Básica às comunidades com dificuldade de acesso aos serviços de saúde.

Esta nova Unidade Básica de Saúde Fluvial, que tem 24 metros de comprimento, conta com consultórios para atendimento médico, de enfermagem e odontológico. Também possui farmácia, laboratório e salas de vacinas, curativo, coleta de material e esterilização. A equipe que vai realizar o atendimento é formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e de laboratório, dentista e auxiliar ou técnico de Saúde Bucal, além dos agentes comunitários de saúde que residem e desempenham suas atividades nas comunidades ribeirinhas.

As embarcações também prestam assistência de qualidade às mulheres com ações de planejamento familiar, prevenção e controle dos cânceres de mama e de colo do útero, atendimento às gestantes e às crianças – principalmente até dois anos de idade – além do cuidado aos usuários com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, dentre outras ações.

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