Marinha, Exército e Aeronáutica terão como prioridade para as próximas duas décadas a proteção da Amazônia e o reforço no patrulhamento das áreas de fronteira, terrestre e marítima, disse nesta quarta-feira (15/02) o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi.
Durante o seminário Estratégia Nacional de Defesa, na Câmara dos Deputados, o general apresentou os principais pontos da Estratégia Nacional de Defesa, documento que contém todos os projetos de interesse das Forças Armadas no intervalo de 20 anos.
Com ênfase no desenvolvimento da indústria nacional, a estratégia prevê, no âmbito da Marinha, um programa de desenvolvimento de submarinos, implantação da segunda esquadra, além da modernização e construção de navios, aviões, helicópteros, veículos aéreos não-tripulados.
Já para o Exército, e o general informou que será dada ênfase no patrulhamento das fronteiras e no chamado centro do poder político, localizado em Brasília. O plano estratégico prevê, entre outros pontos, a criação de novas brigadas e recuperação da capacidade operacional, com a aquisição de helicópteros, carros de combate, blindados, munição, armamento e viaturas.
Em relação à Força Aérea as prioridades para os próximos 20 anos consistem na recuperação da capacidade operacional, aquisição dos novos caças, desenvolvimento de aeronaves de transporte, e o desenvolvimento e lançamento do veículo lançador de satélites (VLS).
Além disso, segundo o general, estão previstos a modernização do Centro de Lançamento de Alcântara, a revitalização e modernização de aeronaves de patrulha e a manutenção do programa de modernização das aeronaves A-1, F-5, C-95, E-99 e R-99.
Sobre a compra dos caças, o ministro da Defesa, Celso Amorim, que esteve presente a abertura do seminário, disse esperar que a negociação seja concluída ainda no primeiro semestre do ano, mas ressaltou que a decisão cabe à presidenta Dilma Rousseff.
“Isso será uma decisão da presidenta. Temos os estudos mais ou menos feitos, estamos analisando também a evolução natural dos fatos e, no momento oportuno, a presidenta vai decidir. A aquisição dos caças não é só uma compra, tem que ter transferência de tecnologia, produção nacional. Isso vai ocorrer, tenho certeza disso, agora, exatamente quando, eu não sei”, disse Amorim.
O ministro acrescentou que por se tratar de uma operação com valores elevados, o País precisa estar preparado. “Essa é uma questão da capacidade financeira do País de fazer frente a certos encargos. É uma compra necessária, mas não é barata. Ela tem que ser bem planejada para que os recursos existam. Isso vai gerar obrigações contratuais durante dez anos que terão que ser honrados. Isso vai ocorrer, mas vamos esperar o momento oportuno”.
Agência Brasil