A devastação ambiental no Brasil promovida pelo governo bolsonarista segue sem freios. Avesso à proteção da Amazônia e das Terras Indígenas (TI), Bolsonaro permitiu que, entre agosto de 2021 e julho de 2022, fossem derrubados 10.781 Km² de floresta da Amazônia Legal. O desmatamento é maior em 15 anos, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto apontam ainda que essa foi a quarta vez seguida em que a degradação atingiu o maior patamar desde 2008, quando o Imazon iniciou o monitoramento com o SAD.
As áreas desmatadas são detectadas em imagens de satélite na região que corresponde a 59% do território brasileiro e engloba nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão) e leva em conta degradações florestais ou desmatamentos que ocorreram em áreas a partir de um hectare, o que equivale a aproximadamente um campo de futebol.
A secretária Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT, Naiara Torres, ressalta que o descaso de Bolsonaro com a floresta em pé ocorre desde 2019, quando houve a desqualificação de instituições importantes como INPE, Ibama e ICMBio, além da retirada de recursos para combater o desmatamento na Amazônia. “Nesse governo, não se considera a ciência nem os dados sobre o desmatamento no país”.