Senadora participará de reunião para saber das ações a fim de esclarecer suposto assassinato
Ana Rita quer acabar com dúvidas a respeito |
A presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, senadora Ana Rita (PT-ES), desembarcará no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (06), para acompanhar as investigações sobre a morte do coronel reformado Paulo Malhães.
Ao longo do dia a petista se reunirá com representantes da Comissão da Verdade do estado, da Polícia Civil local e do Governo do Rio de Janeiro. O presidente e o vice-presidente da Subcomissão Permanente da Memória, Verdade e Justiça do Senado, João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), respectivamente, acompanharão Ana Rita.
A CDH acompanha as investigações sobre a morte de Malhães. A presidente da comissão manifestou que pretende dirimir dúvidas quanto às circunstâncias do suposto assassinato. Na semana passada, em reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a senadora pediu detalhes do andamento do inquérito.
“O ministro afirmou que a Polícia Federal acompanha de perto o caso e que ele próprio já havia conversado com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Também considerou importante a ida da CDH ao Rio de Janeiro”, recordou Ana Rita.
Para João Capiberibe, a morte de Malhães atrapalha o trabalho de comissões da verdade que apuram os crimes cometidos durante a ditadura militar, já que poderá “tolher a participação de outros pretensos depoentes, que, certamente devem estar temerosos com esse episódio”.
Na mesma linha, Randolfe Rodrigues também pediu cuidado na investigação e tende a desconsiderar a hipótese de latrocínio. “Parece pouco plausível, uma vez que a vítima se encontrava com a saúde debilitada e pouca ou nenhuma resistência poderia oferecer ao assalto”, comentou.
Entenda o caso
O coronel reformado do Exército, Paulo Malhães, foi encontrado morto na chácara onde vivia no bairro Marapicu, zona rural de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, na sexta-feira (25), com sinais de asfixia. Em março passado, o militar admitiu à Comissão Nacional da Verdade ter praticado torturas e colaborado para o desaparecimento de opositores da ditadura.
Na época do depoimento, o conteúdo da fala de Paulo Malhães provocou consternação na opinião pública. Por consequência, ganhou força o movimento que defende uma revisão na Lei da Anistia a fim de que seja possível processar e punir algozes confessos.
Agenda
8h30 – Comissão Estadual da Verdade
Rua Marechal Camara, 210, 4º andar
11h – Polícia Civil
Rua da Relação, 42, Centro
Chefe da Polícia Civil – Fernando da Silva Veloso
Delegado que investiga o caso – Pedro Medina
14h – Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame (a confirmar)
Com informações da assessoria da senadora Ana Rita
Leia mais:
Ana Rita pede rigor na apuração da morte de torturador