Ana Rita alerta para número elevado de mortes maternas

Em discurso, senadora pede mais investimentos no atendimento humanizado

Ana Rita alerta para número elevado de  mortes maternas

No Dia Internacional para Redução da Morte Materna  -28 de maio – a presidenta da Comissão de Direitos Humanos (CDH),  senadora Ana Rita (PT-ES) reconheceu os esforços do Governo Federal, especialmente do Ministério da Saúde para reduzir os índices, ainda elevados,  de mortalidade materna no Brasil. Em discurso ao plenário, a senadora recordou ações como a política de redução de riscos à gestante que prevê a realização de exames de pré-natal de risco habitual e o de alto risco, acolhimento às intercorrências na gestação, acesso ao pré-natal de alto risco e aos resultados. Também considerou relevantes a vinculação da gestante, desde o pré-natal, ao local em que será realizado o parto e a implementação de ações relacionadas à saúde sexual e reprodutiva, além de prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e Hepatites.

Boa parte dessas ações foram atualizadas no último dia 8 de maio, quando as maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País passaram a contar com novas diretrizes para o atendimento humanizado ao recém-nascido. Seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde publicou portaria que atualiza normas para procedimentos durante o parto e visam a beneficiar a saúde materna e infantil.

“Como podemos notar, o Estado brasileiro vem trabalhando para o cumprimento das demais recomendações para reduzir as mortes maternas e melhorar o atendimento às mulheres em todo o sistema de saúde no Brasil”, disse a senadora. Ela acrescentou que na semana passada, dois informes da Organização Mundial da Saúde apontaram que o Brasil e mais dez países latino-americanos conquistaram avanços significativos na redução de mortes relacionadas à gravidez ou parto de 1990 a 2013.

Por outro lado o comunicado da Organização Mundial da Saúde alertou que, apesar dos esforços, ainda há muito o que fazer, já que nenhum dos países da América Latina terá condições de alcançar a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de reduzir 75% da taxa de mortalidade materna até 2015. “Os dois relatórios destacam a necessidade de investimentos em soluções comprovadas para a saúde feminina, como o cuidado de qualidade, durante a gravidez e o parto, e uma atenção redobrada para grávidas com problemas médicos preexistentes”, alertou Ana Rita

Para ela, “embora o País tenha apresentado uma tendência de redução das mortes maternas expressiva, é necessário seguir investindo na ampliação do acesso ao planejamento reprodutivo voluntário, na melhoria da qualidade da atenção pré-natal, na formação de profissionais para o atendimento adequado, humanizado e não discriminatório, no fornecimento de serviços e na ampliação do acesso aos cuidados obstétricos de emergência”,  concluiu.

Giselle Chassot

Leia mais:

Parto humanizado depende do Legislativo para ganhar força


To top