Excesso de burocracia e falta de integração dos órgãos responsáveis pelo atendimento a mulheres vítimas de violência reduzem as chances de proteção à população feminina no Rio de Janeiro. A constatação é da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista da Violência Contra a Mulher, em diligência esta semana na capital fluminense.
Para a relatora da CPI, senadora Ana Rita (PT-ES), o Rio enfrenta ainda déficit de funcionários e falta de capacitação do pessoal que atende mulheres vítimas de violência. “As medidas protetivas poderiam ser expedidas num prazo menor se não fossem esses problemas”, constatou a relatora.
Na capital fluminense, Ana Rita acompanhou, nesta segunda-feira (05/11), diligências à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), ao Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam), ao 1º Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar e ao Núcleo de Defesa da Mulher Vítima de Violência (Nudem) da Defensoria Pública.
A senadora, que foi recebida pelo vice-governador, Luiz Fernando de Souza Pezão, visita, nesta terça-feira (06/11), entidade que abriga vítimas de violência e realiza reunião com integrantes de movimento de mulheres.
Na quarta-feira (07/11), a comissão realiza audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, com a participação de gestores públicos, representantes do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e movimentos sociais.
A CPI é presidida pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG) e tem como vice-presidente a deputada federal Keiko Ota (PSB-SP). Além do Rio de Janeiro, a comissão já realizou diligências em outros dez estados (Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Alagoas, Bahia e Paraíba) e no Distrito Federal.
Com informações da Agência Senado
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