Senadora entende que atuação da Polícia Rodoviária Federal para repressão a manifestantes foi desproporcional
Parlamentar do Espírito Santo foi a plenário |
Gás lacrimogêneo e spray de pimenta foram disparados contra professores que participavam de uma manifestação na BR 101, no Espírito Santo. A violência com que a Polícia Rodoviária Federal tentou impedir o protesto provocou um discurso indignado da senadora Ana Rita (PT-ES) em plenário nesta quarta-feira (19).
A senadora manifestou apoio aos professores e pediu mais investimento em educação. “Hoje, o piso salarial dos professores no Estado, para uma jornada semanal de 40 horas, é de R$ 1.697. Os professores e professoras querem que esse valor seja pago para uma jornada de trabalho de 25 horas semanais”, explicou, enfatizando que o protesto tinha fundamento e que nada justifica a truculência contra trabalhadores.
“Alguns caíram e se feriram; outros foram parar no hospital. Os excessos cometidos pela Polícia Rodoviária Federal são inaceitáveis, tendo em vista o direito e a legitimidade da manifestação”, disse.
Segundo ela, a ação policial foi desnecessária e abusiva. “É o mínimo que se pode falar desse tipo de violência. Ações como essas ferem os princípios da nossa democracia, tolhem os direitos básicos dos nossos cidadãos e cidadãs”, protestou, lembrando que os professores não estavam destruindo patrimônio ou atentando contra ninguém.
“O que os professores querem é o que nós queremos: uma educação pública de qualidade no Brasil e no Espírito Santo. Querem mudanças, de fato e de direito, nas políticas educacionais, de forma que muitos profissionais, por exemplo, não sejam obrigados a trabalhar dois turnos, sacrificando a própria vida e a qualidade das aulas; de forma que os alunos, nossas crianças e adolescentes, não desistam da escola”, concluiu.
Down
A senadora também chamou atenção para a sessão especial do Senado que será realizada nesta quinta-feira (20) para lembrar o Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado no dia 21. “Será um momento de debate, e esse debate ajuda a sociedade a ter maior consciência sobre o assunto”, destacou a senadora, que preside a Comissão de Direitos Humanos.
Giselle Chassot