No aniversário de seu estado, a senadora voltou a defender a retomada das obras do Linhão de Tucuruí, que vai garantir energia para o desenvolvimentoA senadora Ângela Portela (PT-RR) comemorou nesta segunda-feira (5) os 27 anos de Roraima, antigo território transformado em estado com a promulgação da Constituição de 1988. Ângela, que é natural do Ceará, vive em Roraima há 30 anos. “É o estado que amo de coração. Foi lá que construí a minha vida política, profissional e a minha família”, afirmou a senadora, em pronunciamento ao plenário.
Ela destacou o potencial do estado representa no Senado, “jovem, promissor e de forte tradição econômica, com vocação para a produção agropecuária, do agronegócio, da agricultura familiar e também do desenvolvimento intelectual da sua população”.
Estado com a menor densidade populacional do País (2 habitantes por quilômetro quadrado), Roraima tem cerca de 8% de seus habitantes cursando o ensino superior, atualmente. Com dez instituições de ensino superior, os 5 municípios do estado contam com 15 instituições federais, entre universidades e escolas técnicas. Além disso, Ângela confirmou que já está em processo de implantação o primeiro instituto federal indígena do País. “Roraima tem quase 13% da sua população indígena”. Hoje vivem no estado os Ianomâmi, Ingaricó, Macuxi, Patamona, Taurepang, Waimiri-Atroari, Wai-Wai e Wapixana.
A exploração de Roraima, relatou a senadora, foi iniciada no Século 16, com a passagem de espanhóis, portugueses e ingleses pela região, no extremo Norte do Brasil. Mas foi só a partir do Século 19 que se deu início à colonização daquelas terras, onde já viviam muitas etnias indígenas. Nos anos 30 e 40 do Século 20, o governo Vargas adotou medidas de incentivo à ocupação da Amazônia e em 1943 foi criado o Território Federal de Rio Branco, que deu origem ao atual estado.
“O governo militar (1964-1984) deu continuidade à política de assentamentos na região, com o Programa de Polos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia (Polo Amazônia), período em que foram construídas as estradas Transamazônica e Cuiabá/Santarém, como forma de povoar e integrar a região com o resto do país”, rememorou Ângela.
A senadora destacou que o Roraima ainda se ressente da falta de uma infraestrutura adequada a seu desenvolvimento. “Temos problemas como a falta de estradas para garantir o escoamento de nossa produção e ausência de mais políticas públicas na área de saúde, educação moradia, respeito ao povo indígena. Então, nesse universo de desafios que temos para enfrentar, está a questão energética”. Uma das grandes batalhas do mandato da senadora é a retomada e conclusão do chamado Linhão de Tucuruí, que levará energia mais barata para o estado.