Ângela cobra ação nas escolas para deter gravidez precoce

Ângela: crimes, muitas vezes, são cometidos por membros da famíliaO Brasil registrou uma queda significativa na taxa de gravidez na adolescência, entre os anos 2000 e 2010. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última semana, apontam uma redução de 14,8% para 11,8% na taxa de incidência de gravidez em pessoas nas faixas etárias de 15 a 19 anos de idade. Esses números devem ser creditados às políticas de saúde e educação desenvolvidos pelo governo federal, celebrou a senadora Ângela Portela (PT-RR), em pronunciamento ao plenário, nesta quarta-feira (12).

A Região Norte foi a que registrou a maior incidência de meninas que passam a ser mães ainda muito jovens e o estado da senadora, Roraima, o que mantém a mais elevada taxa de gravidez na adolescência em todo o país, com 20,1% da população feminina na faixa de 15 a 19 anos. “Ainda que consideremos que parcela significativa da população de nosso estado é constituída de povos indígenas, que culturalmente tende a engravidar mais cedo, além de uma grande concentração na área rural, mesmo assim a situação no meu estado é preocupante”, avaliou Ângela.

Ela lembrou que a gravidez na adolescência não se deve apenas ao baixo poder aquisitivo ou à falta de acesso à informação e destacou o papel da exploração e abuso sexual praticados contra essas meninas como uma das raízes do fenômeno, considerado um problema de saúde pública. “São crimes contra os direitos das crianças e dos adolescentes e que ocorrem, muitas vezes, no seio da própria família. Combatê-los é responsabilidade tanto de governos como de nossa sociedade”.

A senadora chama a atenção para as consequências sociais e econômicas da gravidez precoce. “A menina que engravida geralmente interrompe os estudos e perde a oportunidade de se profissionalizar”. Ela destaca o papel fundamental das escolas na prevenção do problema, esclarecendo os estudantes sobre a importância de evitar a gravidez não planejada.

Ângela cita o Programa Saúde na Escola, por meio do qual os estudantes podem tomar conhecimento de como se preservar contra a violência sexual e o uso do álcool e das drogas, assim como entender sua sexualidade, podendo evitar a gravidez não planejada e se prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis. “À nossa juventude devem ser oferecidas perspectivas de conhecimento e desenvolvimento intelectual, para que a escolha de projetos de vida como a maternidade sejam algo planejado e desejado, não uma imprevisibilidade que muda a vida de repente – muda completamente a vida familiar”, alertou. 

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