Ângela defende legislação mais dura contra tráfico de seres humanos

As regiões mais pobres do Brasil são as que mais concentram rotas do tráfico de pessoas. O dado é parte da Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual Comercial no Brasil, elaborada pela ONU, que embasou o pronunciamento desta segunda-feira (05/11) da senadora Ângela Portela (PT-RR). A parlamentar mostrou que a Região Norte do País, concentra a maior parte das rotas desse tipo de tráfico e defendeu alterações na legislação atual que trata do assunto.

“Como integrante da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), penso que devemos mostrar a esses criminosos que um País decente se faz com punição a todo tipo de crime, particularmente os crimes hediondos, como o tráfico de pessoas, sejam eles de crianças, adolescentes, mulheres”, disse a senadora. Ela defendeu proposta da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que pede a criação de uma lei sobre o tráfico de pessoas. “Precisamos de uma legislação que vá além do plano nacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas”, disse.

Ângela ainda reconheceu que o tráfico de pessoas não é uma novidade. “Mas não podemos mais continuar assistindo às denúncias se sucederem uma às outras sem que tenhamos que dar um basta a uma prática tão hedionda quanto a esta que é o tráfico de pessoas”, afirmou. “São 76 rotas no Norte, 69 no Nordeste, 35 no Sudeste, 33 no Centro-Oeste, e 28 no Sul do País”, relatou a senadora, comentando que o comércio de seres humanos é  visível na capital de Roraima, Boa Vista e na vizinha Georgetown, na Guiana, relatou.

Ela acrescentou ainda que, de acordo com depoimento de pessoas que não podem aparecer, no mercado do tráfico de seres humanos, uma menina vale cerca de R$1.500, para fins de exploração sexual, em Roraima. “Se for menor de 18 anos e sem experiência no mercado do sexo, a menina vale ainda mais”, denunciou.

Veja a íntegra do pronunciamento da senadora Ângela Portela

 

 

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