Nos próximos dias, Roraima vai receber mais 10 médicos do programa, relatou Ângela, contemplando também o distrito sanitário especial Dsei Yanomami e assegurando o atendimento a essa população indígena. “Já registrei aqui, em outras ocasiões, as dificuldades por que passa o povo Yanomami, assim como os povos de outras nove etnias indígenas do nosso Estado. Há carência extrema de um atendimento de saúde de qualidade”, lembrou a senadora, para quem a chegada dos profissionais do Mais Médicos vai começar a mudar essa realidade. “Fico muito satisfeita com as ações concretas do Ministério da Saúde, em parceria com os Distritos Santitários Especiais (Dseis) e com o governo do estado”.
Ela ressaltou, entretanto, que a situação da saúde pública em Roraima está longe de atingir um padrão aceitável. “O governo estadual passado deixou uma herança pesadíssima. Foram anos e anos de descalabro”. Em 2014, no apagar das luzes do mandato, o governo local precisou decretar Estado de Emergência no setor, após a Comissão de Orçamento, Finanças e Administração identificar dívida da Secretaria Estadual de Saúde junto aos fornecedores, o que impediria o abastecimento das unidades hospitalares em Roraima. Além disso, a superlotação do Hospital Geral, a falta de remédios e o óbvio risco da desassistência à população que utiliza o Sistema Único de Saúde também contribuíram para a situação de caos.
“Faço esse pequeno histórico da situação passada para que a gente possa compreender o quão é importante um olhar do Governo Federal, do governo da presidenta Dilma para atender a saúde do nosso estado, a saúde da população como um todo e a saúde indígena de Roraima”, registrou Ângela Portela.
A senadora elogiou os esforços da governadora recém-empossada, Suely Campos (PP), para resolver outros problemas sérios vividos pelo estado, como a crise no sistema prisional e os efitos de uma estiagem prolongada. “A governadora tem demonstrado nesses dois meses de mandato uma vontade, um preparo e um planejamento que nos permitem acreditar que as coisas vão melhorar”, avaliou Ângela.