Em pronunciamento ao Plenário, na tarde desta terça-feira, 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, a senadora Ângela Portela destacou o anúncio de uma política nacional voltada para as 2.176 comunidades remanescentes de quilombos, já identificadas, além das 1.886 certificadas pela Fundação Palmares. As ações do Governo Federal serão apresentadas nesta quarta-feira (20/11), pela presidenta Dilma Rousseff. “São ações importantes para a população negra e integram o Programa Brasil Quilombola (PBQ), lançado em 2004, para consolidar os marcos da política de Estado”, comemorou Ângela, para quem o País avançou muito, na última década, nas iniciativas para a superação do racismo e da desigualdade, mas ainda tem muito a fazer.
Ela lembrou que os africanos e seus descendentes deram uma contribuição essencial para a História, a economia e a cultura brasileira, sem que essa herança seja devidamente valorizada no país. “Nós temos, sim, uma dívida social muito grande com a raça negra. Alimentamos um racismo ainda velado, que responde por todo tipo de discriminação e de violência que são praticadas contra o negro”, lembrou a senadora.
Entre os marcos da política de superação do racismo, a senadora cita a aprovação da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial. “Avaliando a mudança dos tempos, pensamos que fizemos muita coisa. Porém, tudo o que foi feito ainda é pouco diante da enorme dívida social e histórica que a nação tem sobre seus ombros, diante da violência secular praticada contra os negros.
Um dos principais desafios, hoje, destaca Ângela, é reverter os índices de violência contra a população negra.