A senadora Ângela Portela (PT-RR) ocupou a tribuna na tarde desta segunda-feira (02/07) para reiterar seu apoio às reivindicações de professores e servidores das universidades e instituições técnicas de ensino federais, em greve há quase dois meses. Ela apelou ao governo e às categorias que busquem disposição para um diálogo que ponha fim ao impasse que vem prejudicando milhares de estudantes em todo o País.
“Vejo essa greve com grande preocupação”, afirmou a senadora. Ela lembrou que as reuniões já realizadas entre as categorias e o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) ainda não conseguiram quaisquer avanços, e representantes dos professores e servidores, ainda sem avanços nas negociações. “Enquanto perdura o impasse, alunos e pais vivem sob tensão diante da ameaça de perda do ano letivo. Atrasos no calendário escolar implicam sérios problemas na vida dos nossos estudantes e causam impactos no desenvolvimento socioeconômico do Brasil”.
Os professores das universidades federais pleiteiam carreira única, com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios; pleiteiam também variação de 5% entre níveis a partir do piso para o regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese, R$2.329,35, e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. Os técnicos têm como principais reivindicações/ o aumento do piso das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034.
Ângela chamou a atenção para a grande adesão ao movimento, que atinge 95% das instituições federais de ensino. Professores de 56 das 59 universidades federais estão parados e 34 dos 38 institutos federais de ciência e tecnologia em 22 Estados também.
A senadora defendeu que os avanços alcançados pela área de educação superior nos últimos dez anos também precisam se refletir na remuneração e nas condições de trabalho de docentes e servidores. “O Executivo Federal precisa se sensibilizar diante da situação dos professores Federais, que, admitamos, há muito se ressentem com a falta de valorização profissional por parte do Governo. Os docentes universitários vivem diante da contradição de receberem baixos salários por demandas sempre maiores e mais desafiadoras”.
Leia a íntegra do discurso da senadora Ângela Portela
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