Ângela Portela considera acertada a escolha da Campanha da Fraternidade

Ângela Portela considera acertada a escolha da Campanha da Fraternidade

Ângela Portela considera acertada a escolha da Campanha da FraternidadeA oportunidade do tema escolhido para a Campanha da Fraternidade deste ano foi elogiada pela senadora Ângela Portela (PT-RR) em pronunciamento ao plenário nesta terça-feira (16). O tema é “Casa Comum, Nossa Responsabilidade” e destaca a importância do saneamento básico no desenvolvimento da saúde integral e da qualidade de vida. Ângela ressaltou, ainda, a novidade de que, em 2016, a Campanha promovida desde 1962 pela igreja católica seja realizada de forma ecumênica, com organização conjunta da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic).

“O saneamento é compreendido como conjunto de medidas para garantir as condições de meio ambiente, com a finalidade de prevenir doenças, promover a saúde pública e melhorar a qualidade de vida da população”, apontou a senadora. Diante da ameaça do vírus zika e outras doenças transmitidas por mosquitos, a Campanha da Fraternidade pretende chamar a atenção para a complexidade desses serviços, que vão desde a infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água até o esgotamento sanitário, passando pela limpeza e drenagens urbanas, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais.

“Apesar de os serviços de saneamento básico terem obtido grandes avanços nos últimos anos, ainda assim, faz-se necessário destacar que há muitas questões a serem superadas, especialmente em se tratando de desigualdades regionais”, ressaltou Ângela. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 98% da população brasileira têm acesso à água potável, mas 17% dos domicílios do País ainda não dispõem do fornecimento de água encanada.

Na comparação entre campo e cidade, aponta a senadora, é possível constatar que 99% da população urbana têm acesso à água potável, enquanto que na área rural esse número cai para 84%. Já com relação à rede sanitária ou fossa séptica, cerca de 79% dos brasileiros têm acesso a esse serviço, conforme dados de 2010.

“É inadmissível, por exemplo, que cerca de 14% dos habitantes do País não sejam contemplados com o serviço de coleta de lixo”, lamenta Ângela Portela. Ela destacou o fato de que em seu estado, Roraima, tenha menos problemas relacionados a saneamento, em comparação a capitais como Belém e Macapá, que apresentam índices baixíssimos de tratamento de esgoto, com apenas 7,7% e 5,5%, respectivamente.

Em 2014, a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD/IBGE) mostrou que que 97,5% dos habitantes de Roraima dispunham de abastecimento de água e que a coleta de esgoto estava no patamar de 19,2% e a coleta de lixo na faixa dos 84,2%. Dados do Ministério da Saúde, publicados em 2012, demonstravam que a capital, Boa Vista, dispunha de 97% de abastecimento de água e 39,08% de coleta e tratamento de esgoto.

“Os índices exibidos por nossa capital naquele ano eram bons frente às capitais de outros Estados, mas não nos confortam. Queremos dispor de mais e melhores condições, as mesmas que Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal têm”.

 

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