Ângela: “Não podemos assistir calados e quietos, impassíveis, ao desmonte dessas políticas”“A cada dia fica mais claro para todo o País o perfil socialmente injusto do governo interino de [Michel] Temer”. Esta é a avaliação da senadora Ângela Portela (PT-RR) que, nesta quarta-feira (24), em plenário, lamentou que, desde a posse do governo golpista, nenhuma área de alcance social escapou das medidas que representam cortes de recursos ou que apontem para restrições de direitos assegurados nos últimos anos.
A última novidade do pacote de maldades, de acordo com a senadora, veio do Ministério da Educação, pasta que em pouco tempo se notabiliza como objeto preferencial das políticas antissociais do governo provisório.
Desprezando por completo a importância da educação pública como mecanismo de inclusão social, o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou a decisão de reduzir em até 45% os investimentos nas universidades públicas federais, em todo o País. Além disso, existe a pretensão de corte de 20% das verbas de custeio. Algo como R$ 350 milhões a menos a serem gastos nas universidades. “É um prejuízo imenso para o povo brasileiro”, resumiu.
Caso o corte na área da educação seja concretizado, a Universidade Federal de Roraima (UFRR) sofrerá com danos no programa de concessão de bolsas estudantis, na manutenção do restaurante universitário e nos serviços terceirizados, bem como à limpeza e à segurança das instalações das universidades, em especial, a UFRR.
Segundo Ângela, o reitor da Universidade Federal de Roraima, professor Jefferson Fernandes, disse que tentará minimizar os efeitos dos cortes, buscando fontes de recursos federais e parcerias com o governo do estado e com o Exército.
“É lamentável que o reitor, assim como os dirigentes das demais universidades federais, tenha que buscar soluções desse tipo porque o atual governo não vê a universidade pública e gratuita como um direito dos brasileiros, especialmente dos mais pobres”, lamentou.
Entre 2003 e 2014, lembrou a senadora, foram criadas 18 universidades federais e 321 campi em todas as regiões do País. Durante os governos de Dilma e Lula, Roraima foi beneficiada com a expansão de suas universidades, dos cursos superiores e com a expansão do ensino técnico profissionalizante.
“Não podemos assistir calados e quietos, impassíveis, ao desmonte dessas políticas. Essa é uma conquista inegável do povo brasileiro nos governos Lula e Dilma que esse governo de viés elitista não aceita. Temer prefere fazer caixa em prejuízo do futuro do povo brasileiro”, enfatizou.
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