Ângela: baixos salários desestimulam jovens a se tornarem professoresTornar a carreira do magistério atrativa é uma das prioridades do governo federal. A informação foi passada pela senadora Ângela Portela (PT-RR), após participar de uma audiência com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, na Comissão de Educação (CE) do Senado. “O ministro revelou seu objetivo de priorizar a valorização dos professores e de todos os que trabalham em educação”, enfatizou Portela, em discurso ao plenário na tarde desta quarta-feira (10).
A garantia de Janine, segundo a senadora, parte de um “diagnóstico preciso”: os baixos salários desestimulam os jovens a se tornarem professores. Como professora da rede pública, Ângela Portela ressaltou que a educação básica precisa vencer uma “equação odiosa”. “De um lado, pelo papel que representa na formação de crianças e jovens, mais necessária se faz a presença de um professor qualificado e comprometido com o seu trabalho; do outro lado, é aí que se registram os mais baixos salários e as mais precárias condições de trabalho”, observou.
Continuidade do Fies e Prouni
A senadora roraimense observou que na reunião da CE, realizada nessa terça-feira (7), o ministro foi especialmente questionado sobre os programas de universalização do ensino superior: Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e ProUni (Programa Universidade para Todos). Renato Janine Ribeiro garantiu a manutenção das linhas essenciais desses programas, mas admitiu a necessidade de correção de rumos.
O ministro da Educação explicou que serão priorizados cursos para formação de professores da educação básica, cursos da área de saúde e cursos que visam ao aumento de produtividade do País, como os de engenharia. De acordo com ele, cerca de 55% das vagas são para cursos desses matizes. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste também terão prioridade.
“O professor Renato Janine garantiu que nenhum programa será suspenso. Isso é muito gratificante, isso muito nos alegra”, avaliou Ângela Portela. “Não haverá cortes em programas importantes, mas apenas reescalonamentos”, concluiu.
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