Ângela: “O governo federal calcula que a ligação resultará em uma economia de R$ 450 milhões por ano”A senadora Ângela Portela (PT-RR) voltou a manifestar, em plenário, sua preocupação com a situação de insegurança que vive rede de transmissão de energia elétrica de Roraima, único estado da Federação que ainda isolado do sistema elétrico nacional.
O Linhão do Tucuruí, que seria ou será a solução para o entrave, de acordo com a senadora, passa por um novo desafio para que ocorra sua implementação, “crucial para a população e a economia do estado”.
“A concessionária Transnorte Energia, formada pela Eletronorte e pela empresa Alupar, informou à Aneel que pretende devolver a concessão para a construção do Linhão de Tucuruí. Além de desistir da conclusão da obra, a concessionária deve pedir ao governo federal uma indenização de R$534 milhões”, disse, em discurso nesta terça-feira (13).
O valor, segundo Ângela, se baseia, de acordo com o consórcio, em estudo financeiro realizado pela Fundação Getúlio Vargas. O estudo faz uma estimativa dos gastos da companhia desde 2011, época em que a empresa ganhou o direito de concessão da obra.
Para a senadora, a situação é absurda, já que o governo se veria obrigado a assumir uma dívida superior a R$ 500 milhões sem dispor de um metro sequer de linha de transmissão. Assim, a frustração do contrato representaria, segundo Ângela, uma derrota para o governo e para o Ministério de Minas e Energia, que, no fim de 2015, chegou a acionar a Advocacia-Geral da União para tentar destravar o projeto.
“O governo federal calcula que a ligação resultará em uma economia de R$ 450 milhões por ano, dinheiro que hoje é gasto na compra de óleo combustível usado pelas usinas térmicas que abastecem Roraima. É por esse motivo que a energia de nosso Estado é cara, é ruim, e há um grau de insatisfação muito grande na população. Além de operarem a custos muito mais elevados, as termelétricas são poluentes, afetam o meio ambiente”, explicou.
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