Ângela quer informação sobre recursos recebidos pela OI

Senadora questiona aplicação de dinheiro publico que deveria melhorar telefonia na Região Norte.

Após denunciar da tribuna os abusos cometidos pela operadora Oi, especialmente na Amazônia, a senadora Ângela Portela (PT-RR) apresentou três requerimentos de informações para identificar os financiamentos públicos obtidos pela empresa. É que a Oi tem recorrido a empréstimos em instituições oficiais, normalmente com juros inferiores aos praticados no mercado, sem prestar a contrapartida necessária, que seria a melhoria da qualidade dos seus serviços.

“Ações governamentais como o Plano Nacional de Banda Larga procuram garantir aos brasileiros o acesso amplo a uma internet barata e eficiente, mas não é isso que vem acontecendo”, denuncia a senadora. A situação pior é a dos estados da Região Norte, marcados pelo isolamento geográfico. A Oi, que conta com maior volume de recursos nessa região, têm buscado financiamentos públicos, mas não amplia seus serviços, nem melhora sua qualidade. “Temos assim uma internet cara e ruim, ainda por cima limitada a poucos pontos de acesso”, afirma.

A senadora requereu ao Ministério da Integração Nacional que informe o volume de recursos recebidos pela OI da Superintendência de desenvolvimento da Amazônia- Sudam, que vem financiando uma série de programas interesse na empresa, entre eles o cabeamento em fibra ótica de Boa Vista (RR) a Manaus (AM). 

Num segundo requerimento, dirigido ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a senadora roraimense refere-se a empréstimos semelhantes, igualmente obtidos a custo inferior ao do mercado, no BNDES. Ângela também oficiou ao ministro da Fazenda, solicitando informações sobre os financiamentos recebidos pela OI do BASA, o Banco da Amazônia, com idêntica finalidade.

Uma vez aprovados pelo Senado, os requerimentos deverão ser obrigatoriamente respondidos pelos ministros. “Saberemos assim quanto a Oi – na verdade um grupo empresarial amplo – recebeu de créditos e o que fez com eles. Essa é uma batalha que diz respeito à qualidade dos serviços de telefonia celular e de internet no País. E que diz respeito também à inserção social de populações inteiras hoje excluídas do acesso às telecomunicações”, acredita a senadora. 

Assessoria da senadora Ângela Portela

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