A instrumentalização violenta das manifestações por pequenos grupos também foi o tema do pronunciamento do senador Anibal Diniz (PT-AC) na tarde desta terça-feira. Ele chamou a atenção para o fato de que entre 117 atos de violência contra pessoas registrados durante as manifestações de rua ocorridas desde junho do ano passado, 108 foram dirigidos contra jornalistas. “O cinegrafista Santiago Andrade foi a 109ª vítima entre jornalistas”, frisou Anibal, citando o presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo- Abraji, José Roberto de Toledo: “Nada indica que será a última”.
Diante da “violência e da vilania” do ataque ao cinegrafista, atingido por um rojão quando registrava uma manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus, no Rio de Janeiro, o senador considera que o senado está certo em dar uma resposta firme, retomando o debate sobre a tipificação do crime de terrorismo. Duas propostas tramitam na Casa, uma delas oriunda de uma comissão de juristas que discute a reforma do Código Penal desde abril de 2012.
“A morte de Santiago precisa ser entendida em todas as suas trágicas dimensões”, avaliou o senador, lembrando que a escalada da violência praticadas por pequenos grupos, que usam a legítima insatisfação da população para praticar atos que nada têm de políticos. “Agora, chegaram ao assassinato”, lamentou Aníbal, que é jornalista de profissão.