Pela segunda vez desde
Dessa vez, a capital acreana foi premiada pela iniciativa Organização Social: uma Estratégia de Cooperação, Renda e Cidadania. De acordo com o senador Aníbal Diniz (PT-AC) trata-se de projetos de hortas comunitárias e feiras de agricultura familiar,beneficiando famílias que viviam em situação de vulnerabilidade social e mulheres vítimas de violência.
Em pronunciamento no plenário, nesta quinta-feira (10/05), o comemorou o reconhecimento ao trabalho da capital acreana e anunciou que o prefeito Raimundo Angelim deverá se encontrar com a presidente da República, Dilma Rousseff, até o fim deste mês, para receber o prêmio.
“A Prefeitura de Rio Branco desenvolveu um projeto diretamente voltado para o atendimento e uma política publica de valorização da mulher”, explicou. A prática contempla o Projeto Hortas Comunitárias nos Vazios Urbanos que é uma iniciativa da Coordenadoria Municipal de Economia Solidária e as Feiras de Agricultura Familiar nos bairros, coordenadas pela Secretaria Municipal de Agricultura. Contempla também o Projeto Jardinagem Comunitária, que é uma iniciativa da Coordenadoria Municipal da Mulher.
Os projetos desenvolvidos pela prefeitura de Rio Branco beneficiam famílias que viviam em situação de vulnerabilidade social e mulheres vítimas de violência, totalizando 4.600 mil pessoas. “O conjunto premiado de projetos da Prefeitura de Rio Branco gerou emprego, aumentou a renda familiar e melhorou a autoestima e a vida de dezenas de pessoas no Acre, particularmente na cidade de Rio Branco”, comemorou Aníbal Diniz.
“Conheci mulheres que transformaram o quintal de suas casas em viveiros de flores e algumas plantas ornamentais. Eram pessoas que, dois anos antes, dependiam do benefício do Programa Bolsa Família para sobreviver, mas tiveram sua receita multiplicada ao participarem dos cursos de jardinagem promovidos pela Coordenadoria da Mulher da Prefeitura de Rio Branco”, recordou o senador.
O projeto
Inicialmente, eram 41 pessoas que receberam o treinamento da prefeitura. Dessas 41 pessoas, 21 mulheres aderiram à proposta e formaram quatro grupos para a produção de viveiros comunitários. O resultado veio em forma de aumento de renda para as famílias envolvidas, uma renda sustentável e ambientalmente correta.
Até mesmo as ervas daninhas capinadas nos viveiros são amontoadas e transformadas em adubo, ao contrário da prática tradicional da queima, que transforma o mato em cinzas. “Os participantes do projeto receberam curso profissionalizante, aprenderam a arte da jardinagem e, a partir daí, transformaram sua vida: conseguiram desenvolver atividades econômicas e se incluíram economicamente”, destacou Diniz.
O Prêmio
Os vencedores desta edição,- a 4ª do Prêmio no Brasil – foram anunciados na última terça-feira (10/05). Vinte projetos e iniciativas de prefeituras e organizações da sociedade civil foram contemplados. A escolha foi feita por um júri composto por 15 especialistas de todo o país, após reunião realizada na Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Nesta edição, o Prêmio ODM Brasil recebeu 1.638 práticas inscritas – sendo 720 de organizações e 918 de prefeituras. Do total das inscrições, 51 práticas foram pré-selecionadas e visitadas in loco por um Comitê Técnico integrado por representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Enap.
A avaliação foi baseada nos seguintes critérios: contribuição para o alcance dos ODM; caráter inovador; possibilidade de tornar-se referência para outras ações similares; perspectiva de continuidade ou replicabilidade; integração com outras políticas; participação da comunidade; existência de parcerias; e manutenção da qualidade nos serviços prestados.
O Prêmio ODM Brasil é uma iniciativa pioneira no mundo e foi criado em 2004 com a finalidade de incentivar ações, programas e projetos que contribuem efetivamente para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O Prêmio é coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com o Programa Nacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade. A coordenação técnica do Prêmio é de responsabilidade do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Enap.
Com informações da Agência Senado e do site do ODM Brasil