O senador Aníbal Diniz (PT-AC) e o secretário estadual de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, reuniram-se na última quinta-feira (30/08) com o secretário executivo-adjunto do Ministério do Desenvolvimento Social, Marcelo Cartona Rocha, para solicitar a liberação de R$ 100 mil para que o Acre possa manter o atendimento prestado aos haitianos que chegam ao Estado. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o recurso deverá ser liberado nas próximas semanas.
Atualmente, um grupo de 60 haitianos está em Brasiléia (AC), município às margens do Rio Acre que faz fronteira com a Bolívia, uma das rotas dos usadas pelos imigrantes. Outros 100 haitianos estão na cidade peruana de Iñapari, localizada na fronteira tripla entre Bolívia, Peru e Brasil.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos, Nilson Mourão, os 60 haitianos em território acriano estão sendo acolhidos, mas o governo estadual encontra dificuldades para manter a ajuda por causa do gasto excessivo. Já os cem haitianos em Iñapari estariam sem qualquer assistência.
Nilson Mourão e o senador Aníbal Diniz informaram ao secretário do Ministério do Desenvolvimento Social que o Acre já gastou quase todo seu orçamento do ano de 2012 no acolhimento, alojamento e fornecimento de três refeições diárias aos haitianos, além de emitir carteiras de trabalho e auxiliá-los com o transporte para outras regiões do País, quando conseguem trabalho, geralmente na construção civil.
Este ano, dezenas de haitianos atravessaram 4,1 mil km, entre Brasiléia e Encantado, no Rio Grande do Sul, recrutados para trabalhar. Esse é apenas um dos caminhos percorridos pelos caribenhos, que se espalharam pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
No primeiro semestre, 2.311 haitianos entraram no mercado de trabalho brasileiro de forma legal. Segundo o Ministério do Trabalho, esse número de autorizações de trabalho para haitianos foi 424% maior que em igual período de 2011.
Assessoria do senador Aníbal Diniz, com informações do Valor