O senador Aníbal Diniz (PT-AC) rechaçou, nesta segunda-feira (17/04), as insinuações publicadas pela mídia de que, com a recuperação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a condução das ações do Governo teria retornado para suas mãos. “Quem governa é a presidenta”, disse o senador ,em discurso no plenário. Ele falava especificamente da nota publicada pelo jornalista Ricardo Noblat, dizendo ser o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não a presidente Dilma Rousseff quem manda atualmente no governo
“Eu acho essa nota descabida, preconceituosa e ofensiva à nossa Presidenta Dilma. Se há algo de que o povo brasileiro – que tem feito uma avaliação cada vez melhor da ação da Presidenta Dilma à frente do nosso País – não tem dúvida é exatamente a certeza de que ela está no comando, tomando as suas decisões, a maioria delas com acerto”, disse.
Segundo o senador acreano, as insinuações são inadimissíveis e ofensivas. “É bom que fique claro que existem questões polêmicas a serem resolvidas no Partido dos Trabalhadores, existem divergências em relação à Bancada do Partido dos Trabalhadores – tanto aqui no Senado, quanto na Câmara, não há um entendimento uníssono a respeito de todos os temas. Temos muitas polêmicas a serem clareadas em relação à Bancada do Partido dos Trabalhadores, mas não temos nenhuma dúvida de que quem comanda o Brasil é a Presidenta Dilma, com sua equipe de ministros, e que todas as responsabilidades pelos acertos e possíveis erros que possam acontecer na sua gestão são inteiramente da Presidenta Dilma”, declarou, reiterando que é a presidenta que cabe a condução dos rumos do País.
E concluiu: “Deixo aqui o meu protesto e faço esta minha manifestação pública em solidariedade à nossa Presidenta Dilma. E, em todas as discussões que continuará havendo sobre os temas mais polêmicos que estão em pauta hoje no Brasil, seja na Câmara Federal, seja aqui no Senado, tenho certeza de que as opiniões serão manifestas, e a nossa Presidenta tranquilamente vai ter também as suas opiniões, sendo elas aceitas ou não. Mas ela tem opinião firme e bem construída em relação a cada um dos temas em pauta”.
O senador também falou sobre o que, segundo ele, diferencia o Brasil dos demais países emergentes: o crescimento sólido e consistente da economia, acompanhado de distribuição de renda. Munido de dados da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2013, ele assegurou que a LDO prevê “crescimento econômico moderado, mas constante”, até 2015. E informou que a previsão estima um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5%, em 2012; 5,5%, em 2013; 6%, em 2014; e 5,5%, em 2015.
Aníbal Diniz destacou ainda a previsão de “uma expressiva queda das taxas de juros reais, em função de avanços estruturais”. Entre esses avanços, citou um superávit fiscal de R$ 155,9 bilhões, ou 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele enfatizou que as empresas estatais estão fora desse esforço fiscal, para fazerem investimentos indutores do crescimento econômico.
Informou , ainda, que a taxa Selic, fixada pelo Banco Central e que norteia os juros no Brasil, atualmente em 9,75%, deve cair para 9% já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira (18), antecipando a meta para 2013. A previsão é que a taxa chegue a 8% em 2015. O parlamentar elogiou também os esforços do governo federal para abaixar os juros para o consumidor final. Também citou as estimativas para salário mínimo, que está hoje em R$ 622. Para 2013, deve chegar a R$ 667, passando a R$ 729 em 2014 e chegando a R$ 803 em 2015.
No mesmo pronunciamento destacou a realização de encontro da União Nacional dos Legisladores e dos Legislativos Estaduais, nesta segunda-feira, na Assembleia Legislativa do Estado do Acre. O encontro teve a participação de parlamentares de 14 estados.
