Aníbal Diniz reafirma defesa da construção da BR-364

Senador percorreu toda a BR-364 e mostrou como a rodovia é importante para o Acre.


Na última semana, Aníbal Diniz percorreu toda
a extensão da BR-364

O senador Aníbal Diniz (PT-AC) voltou a defender a conclusão da BR 364 e a manutenção permanente da estrada, em contraposição às críticas que a oposição tem feito em relação à obra, em pronunciamento feito no plenário do Senado Federal, na última terça-feira (23).

A estrada, cuja construção teve início ainda na década de 1960 (no governo do ex-presidente Juscelino Kubitschek), sempre foi o maior sonho dos acreanos e, nos últimos anos, da população do Vale do Juruá, uma vez que a pavimentação integral da rodovia ainda não foi concluída até aquela região, localizada no extremo oeste do Brasil.

A defesa foi uma resposta ao senador Sérgio Petecão (PSD/AC) que tem se valido das dificuldades que o governo estadual enfrenta na construção de uma obra de tamanha envergadura, situada em uma região inóspita, onde não existem os insumos necessários para a sua construção, para acusar o governo do estado de praticar superfaturamento na execução dos serviços.

Na última sexta-feira (21), o senador Aníbal Diniz e comitiva percorreram mais uma vez toda a extensão da rodovia e constataram que, a despeito dos problemas inerentes a uma obra desta magnitude e que está sendo concluída paulatinamente pelo governo estadual, a estrada tem levado benefícios antes inimagináveis às cidades e populações que vivem nas áreas de influência da rodovia em toda a sua extensão.

O próprio senador Aníbal Diniz colheu depoimentos de moradores da região de diversos níveis sociais que comprovam os inestimáveis benefícios que a estrada tem oferecido àquelas comunidades (leia abaixo).

“Eu pretendia fazer todo o percurso de quase 600 quilômetros entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul vistoriando a situação da nossa BR-364, cada trecho executado ao longo dos governos do governador Jorge Viana, do governador Binho e também agora do governador Tião Viana, justamente para poder fazer uma defesa desapaixonada, uma defesa tranquila, uma defesa serena dessa obra que é o sonho da integração do Vale do Acre ao Vale do Juruá”, explicou o senador.

Aníbal lembrou os esforços que os três governadores dispenderam nos últimos 14 anos para concluir a estrada e destacou ainda a dedicação do atual governador Tião Viana para garantir a execução da obra. “É dele a iniciativa inédita de assegurar trafegabilidade em toda a extensão da estrada durante o inverno e o verão, estações climáticas que na Amazônia, têm características devido às chuvas intensas que sempre ocorrem na primeira e seca absoluta na segunda.

Trafegabilidade o ano inteiro e manutenção permanente
Por este motivo, quando das intensas chuvas, a estrada era interrompida para tráfego de veículos automotores de qualquer dimensão. Desde que assumiu o cargo, o governador Tião Viana determinou que o DERACRE – Departamento de Estradas de Rodagem do Acre garantisse a trafegabilidade durante todo o ano, o que ocorrido desde 2012.

O trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul é o último que falta para que a estrada fique integralmente concluída e o grande gargalo está situado entre os municípios de Manoel Urbano e Feijó, A razão da demora se deve às características do solo, formado por tabatingas, um tipo de solo pegajoso, inadequado para recebimento da camada asfáltica pela sua fragilidade geológica e que provoca a sua remoção em milhares de metros cúbicos do material e consequente substituição pior outro tipo de terra o areia.

Ocorre que, com tanto a terra quanto a areia necessárias à obra inexistem na região, o trabalho exige que seja montada uma complexa estrutura logística para que sejam transportadas até os canteiros de obra. Na maioria das vezes o transporte deste material é feito em balsas oriundas de estados ou países vizinhos e, em muitos casos, demoram várias semanas ou mais para chegar a seus destinos, o que encarece sobremaneira todo o processo de construção da estrada.

O cerne das críticas da oposição é este. Por todos estes fatores, o preço do quilômetro de estrada construído na região é substancialmente mais caro que um quilômetro de estrada construído em condições normais em rodovias situadas em outras regiões do país.

-“Por quê? Porque não conta com os insumos, não tem, não dispõe da matéria prima necessária para sua execução, naquele trecho naquele trecho não há brita, não temos como conseguir cimento, a não ser importando de Manaus, de Minas Gerais, de outros pontos do Brasil. A brita utilizada vem da divisa com Rondônia, do Abunã, e tem uma logística extremamente difícil. E, exatamente por essas dificuldades, essa obra ainda não foi concluída”, explicou Aníbal Diniz.

O senador ressaltou que, em face de suas características peculiares, a estrada está sendo construída em etapas diferenciadas e que, por uma determinação corajosa do Presidente Lula, todas as pontes do Rio Caeté; Rio Purus, Rio Envira; Rio Tarauacá, Rio Juruá – que são pontes de grande porte –; todas elas foram construídas e implicaram em grandes investimentos do Governo Federal para essa estrada.

Aníbal Diniz lembrou que em 2003, acompanhou a entrega do trecho Feijó-Tarauacá, de 45km, com a presença do Ministro dos Transportes à época, Anderson Adauto. Segundo Diniz, no momento em que o ministro ouviu a saga que era a forma de construção daquela BR, de onde vinha o cimento, de onde vinha a areia, de onde vinha a brita, de onde vinha todo o material betuminoso, o asfalto, “ele disse que, se não levasse aquele vídeo contando a história para os seus assessores, dificilmente eles acreditariam no relato dele, porque é uma saga construir uma BR na Amazônia e no Acre, principalmente”.

Com tudo isso, Aníbal Diniz explicou que, paralelamente às dificuldades para a pavimentação da rodovia, os trechos previamente construídos necessitam de manutenção permanente, sob pena de repetir o que ocorreu com a rodovia que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), que praticamente desapareceu na mata amazônica por falta de manutenção.

-“Nós precisamos envidar todos os esforços para garantir os recursos para a BR, para essa obra não parar. A gente precisa continuar trabalhando permanentemente na conclusão dos trechos que ainda não foram feitos e na necessidade de reparo dos trechos que foram feitos, que têm que receber manutenção permanente sob pena de a BR paralisar de vez, como aconteceu com a BR-319, que não recebeu a devida manutenção e acabou sumindo do mapa”, alertou o senador.

Testemunhos
Ainda que, durante o período invernoso as dificuldades se apresentem, antes dos governos Jorge Viana, Binho Marques e Tião Viana a BR 364 era apenas uma arremedo de estrada, com poucos trechos pavimentados. Com a trafegabilidade garantida durante o ano todo, decidida pelo governador Tião Viana e mantida, as populações das áreas de influência da estrada passaram a ter liberdade de locomoção inexistente antes disso, e até mesmo o custo de vida, os preços dos alimentos e demais gêneros de primeira necessidade ou não, baixaram de preço substancialmente. Os próprios moradores destas áreas comprovam isso. Veja a seguir, alguns depoimentos.

Nós, cruzeirenses, não imaginamos mais nossa região sem a BR–364, sem trafegabilidade. Sempre foi o nosso sonho e hoje, apesar das dificuldades, é uma realidade. A gente pode sair de Rio Branco e chegar a Cruzeiro do Sul.

O Padra Nilson, que é pároco geral de Cruzeiro do Sul, diz:

É um sonho de todo cruzeirense sair do isolamento e até mesmo melhorar as condições do povo mais sofrido, que não têm condições de pagar uma passagem aérea. E fica muito mais acessível por meio da estrada. Os governantes são a voz do povo. O povo quer que a BR–364 continue aberta e bem conservada. E esse esforço nós reconhecemos que o Governo do Estado tem empreendido. E quem não pode ajudar, também não pode estar contra essa obra da BR.

O Sr. Rinaldi Cardinal, empresário do Supermercado Econômico diz:

Nós não saberíamos mais trabalhar com transporte fluvial. Hoje, dependemos 100% da estrada. É surreal saber que alguém se volte contra a vontade de todo o povo dessa região, quer a BR liberada e bem conservada de inverno a verão.

O Sr. José Marinho Souza Neto, professor e empresário do ramo hoteleiro, disse:

A nossa cidade melhorou muito em vários aspectos. Antigamente os hotéis só tinham movimento intenso no verão. Depois que a BR ficou aberta direto, o movimento é outro, triplicou. São reacionários quem age de outra forma.

O Sr. Rosalvo Moura, funcionário público, cruzeirense, diz que:

Depois da BR–364 funcionando de verão a verão, passei a visitar minha família pelo menos umas três vezes ao ano, antes passei até de cinco anos sem visitar meus parentes. Hoje o fechamento da BR–364 seria uma tragédia para milhares de cruzeirenses. Será que existe algum político acriano que não esteja querendo que a BR continue aberta e sendo melhorada para dar mais condições a esse povo tão sofrido?

A Sra. Valdete Alves da Silva, de 40 anos, viúva, mães de dois filhos e moradora da rodovia BR-364, em Manuel Urbano, diz:

Sou uma pessoa muito feliz, graças a Deus e à estrada. Hoje essa rodovia garante minha renda. Através da BR tenho acesso de inverno a verão para vender minha produção, e que permite sustentar minha família. Não imagino essa rodovia fechada ou sem acesso. A minha família depende de mim e do que eu vendo e sem a estrada tudo fica mais difícil. Através dela posso até ter uma melhor condição de vida.

O Francisco, morador do Rio Purus diz:

Ficou muito bom com a rodovia nova por causa da mercadoria que a gente pode comprar agora mais barato. E também porque a gente pode ir até Rio Branco bem rapidinho. Antes a gente não tinha como sair daqui, não tinha estrada e tudo era feito através de barco, tudo era mais caro.

-“Esses depoimentos todos atestam o quanto a população, ao longo da BR-364, aprova a ação do Governo no sentido de trabalhar de inverno a verão para manter a estrada permanentemente funcionando. E se alguns trechos requerem reparo e o Governo está trabalhando nisso, nós podemos dizer que o esforço não tem faltado”, concluiu o senador Aníbal Diniz.

Assessoria do senador Aníbal Diniz

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