“Existe uma máfia que opera o serviço de |
Preocupado com o atraso das obras da ponte sobre o Rio Madeira, o senador Aníbal Diniz (PT-AC) cobrou providências do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), general Jorge Fraxe, durante reunião da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA), na manhã desta quinta-feira (13). Para o senador, o Governo precisa ficar atento à existência de interesses escusos nas solicitações de embargo. Aníbal denunciou a atuação de uma máfia no transporte das balsas, cujo monopólio assegura alta rentabilidade.
“O fato que não é tão invisível, porque toda a sociedade sabe, é que existe uma máfia que opera o serviço de balsa na travessia do Abunã que rende muito dinheiro e que é espúrio porque é fruto da exploração das pessoas”, alertou Aníbal. “No verão, a travessia fica ainda mais complicada. No local formam-se enormes filas e produtos perecíveis se perdem aos montes”, relatou.
O parlamentar lembrou que já existe a determinação política da presidenta Dilma Rousseff para a construção da ponte, uma vez que a obra está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desde 2009, em razão de sua importância estratégica como via de exportação pelo Pacífico, por meio da BR 317. O que tem se mostrado insuficiente para garantir a execução da ponte, graças à atuação, de acordo com Aníbal Diniz, de uma “força oculta”. “Mesmo assim, a obra não acontece. Temos ali na BR 364 esse gargalo, um entrave com a falta dessa ponte, apesar de todo o empenho também das bancadas do Acre e Rondônia”, completou.
A ponte sobre rio Madeira ligará estados |
Lamentando os impeditivos jurídicos, o parlamentar acreano propôs que haja um esforço conjunto, para reunir os documentos que provam a normalidade da licitação ora embargada. “O processo é normal como em todas as outras obras. Por que somente nessa se levantam incongruências inexistentes?”, questionou.
Ao final, o Aníbal Diniz fez um apelo ao diretor do Dnit para que o embargo seja superado. “Precisamos dessa ponte porque todos que precisam ir e vir entre Porto Velho e Rio Branco têm que usufruir desse direito e atualmente só os donos de balsas lucram com a inexistência dessa ponte”, concluiu.
Catharine Rocha
Foto: Ministério dos Transportes
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