O PT já está à frente do governo do Acre há cinco mandatos consecutivos. Foram dois do atual senador Jorge Viana, entre 1999 e 2007; um de Binho Marques, entre 2007 e 2011, além dos mandatos de Tião Viana entre 2011 e 2015 e, agora, a reeleição do atual governador até 2019.
Durante a campanha estadual deste ano, o partido abriu mão de lançar candidatura ao Senado, apoiando a candidata vencedora Perpétua Almeida (PCdoB). Segundo Aníbal, o projeto do partido no Estado não pode dar lugar a vaidades ou vontades pessoais.
O petista lembrou que, graças à composição política, foi possível que o partido saísse vitorioso em uma disputa apertada – 51,29% dos votos para Tião Viana contra 48,71% obtidos pelo tucano Márcio Bittar. “E, assim, vamos ter a continuidade do nosso projeto, realizando muito mais, promovendo muito mais justiça social, realizando tantas outras possibilidades, de sonhos que foram construídos lá atrás, por Chico Mendes, muito antes de sermos governo, e depois foram transformados em políticas públicas” afirmou.
Aníbal lembrou ainda a importância do Projeto de Lei (PL) 132/2014, de sua autoria, que altera o Código Eleitoral para reservar uma vaga para candidaturas femininas no Senado quando houver a renovação de duas cadeiras na Casa. A proposta está pronta para votação na Comissão de Constituição e Justiça, mas como houve pedido de vistas (quando parlamentares solicitam que a matéria seja analisada melhor) na última reunião do ano da comissão, o texto só deverá ser apreciado no ano que vem.
“Não tivemos a vitória, mas a semente está plantada. Eu tenho certeza de que essa matéria vai continuar em discussão na próxima legislatura. Tenho certeza de que outros padrinhos aparecerão para defender essa matéria, porque o Brasil exige que essa matéria seja discutida”, disse o senador, lembrando que o Brasil está hoje na 158ª posição no ranking mundial da participação feminina no Parlamento.
Para Aníbal, a aprovação do projeto é “um olhar solidário numa Casa em que se deve estabelecer o equilíbrio de gênero”, uma vez que o Senado é “a Casa do equilíbrio da Federação”. “E, para ser a Casa do equilíbrio entre os Estados, é preciso também que haja o equilíbrio entre gêneros”, defendeu.
Entre outras atuações no Senado, Aníbal destacou a aprovação da PEC 12/2014, apreciada no plenário na quarta-feira (17), que incluiu no texto constitucional a responsabilidade da União, estados e municípios de assegurar o acesso à pesquisa, tecnologia e inovação.
“Qual é a razão de ser da política senão buscar os mecanismos possíveis para tornar nossas sociedades melhor? Quando a gente pensa nisso, respira aliviado e pensa que vale a pena fazer política”, explicou, assegurando que vai “permanecer na política”, seja disputando as próximas eleições ou não.
Apartes
Em aparte, o senador Jorge Viana lembrou que Aníbal ajudou na transformação política, econômica e social que governa o Acre desde a década de 1990. Desde 1999, o senador Aníbal foi secretário de Estado de Comunicação, permanecendo no cargo até 2010.
“Posso dizer que o senador Anibal é um patrimônio de integridade, de honestidade, de honradez e um exemplo, também, de como se deve portar um militante político; com disciplina, mas também com opinião, com cautela, mas com ousadia. Fica aqui o meu registro de que vou sentir falta da sua presença ao meu lado, batalhando comigo em defesa do Acre e do Brasil”, disse Viana.
Já a senadora Ana Rita (PT-ES), em outro aparte, agradeceu a defesa de Aníbal à causa das mulheres. “Vossa excelência comprou a nossa luta, apropriou-se, na verdade, dela com disposição e vontade. Então, muito obrigada também pela parceria, pelas defesas que fez aqui no sentido de ampliar os espaços da participação das mulheres nos espaços de poder. Muito obrigada, em nome das mulheres Parlamentares, em nome das mulheres brasileiras, pela sua dedicação”, agradeceu a parlamentar.
Aníbal também recebeu apartes dos senadores tucanos Ruben Figueiró (MS) e Antonio Aureliano, que o parabenizaram pelo trabalho realizado no parlamento desde 2011.