Aníbal: Situação de haitianos no Acre preocupa

Aníbal: Situação de haitianos no Acre preocupa

Já foram atendidos pelo Governo do Acre 700 haitianos nos municípios de Assis Brasil e Brasiléia

A situação que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre está enfrentando com relação ao número sempre crescente de haitianos que têm entrado no estado pelos municípios de Brasiléia e Assis Brasil foi tema de parte do discurso do senador Aníbal Diniz (PT-AC) na sessão plenária do Senado desta quinta-feira, 24.

Segundo ele, já foram atendidos pelo menos 700 haitianos que passaram pelo Acre desde o início do ano e neste momento encontram-se em Brasiléia 500 haitianos. “Eles são trazidos por coiotes que usam as facilidades de fronteira e que cobram por isso. Os haitianos que chegam têm, digamos, condições mínimas. Eles pagam em dólar preços que variam de US$1,2 mil a US$1,5 mil para conseguirem transporte do Haiti até o Brasil, via Acre”, relatou.

Aníbal Diniz questionou o fato de as autoridades nacionais ainda não terem tomado providências e destacou que, por uma questão humanitária, o Governo do Acre tem mantido essas pessoas, assegurando alimentação e hospedagem. “Chegará um momento em que não haverá mais essa condição e, aí, as autoridades do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Justiça precisarão tomar providências”, cobrou.

Para o senador Aníbal, se as facilidades para a entrada permanecerem, o Governo Federal precisará atuar no sentido de ajudar no custeio dessas despesas. “Se porventura for necessário adotar alguma medida restritiva, será preciso fazer contato com o Peru principalmente, por onde passam esses haitianos, no sentido de coibir a sua entrada, o que pode resultar num problema de grandes proporções”, alertou.

Segundo relatou ainda, neste momento há uma pousada com capacidade para receber oitenta ou cem pessoas no máximo abrigando 500 haitianos. “As condições são sub-humanas e isso pode resultar em conseqüências imprevisíveis. Nesse sentido, vamos nos reunir com as autoridades diplomáticas para buscarmos uma saída. É preciso que o setor do Ministério das Relações Exteriores que trata desse tipo de assunto tenha uma posição com o objetivo de externar qual a atitude do Governo Federal em relação a essa situação porque o Governo do Acre não tem possibilidade de bancar esse custeio sozinho”, concluiu.

Assessoria de Imprensa do senador Aníbal Diniz

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