Antártica: Governo quer liberar 40 milhões para ações emergenciais

Valor de R$ 100 milhões, apresentado por Celso Amorim, tem como base gastos recentes de estações de outros países – 60% das pesquisas estão intactas.

 

 

A reconstrução da base na Antártica poderá começar no verão de 2013/2014 (novembro a janeiro) e poderá custar em torno de R$ 100 milhões. O ministro da Defesa, Celso Amorim, usou como base para estimar o custo da reconstrução de Comandante Ferraz valor gasto recentemente por outros países em suas bases.

Segundo Amorim, que participa de audiência pública, nesta terça-feira (06/03), nas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT), de Meio Ambiente (CMA), e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, ainda não é possível fazer uma projeção final.

Amorim e o professor do Centro Polar e Climático da Universidade do Rio Grande do Sul, Jefferson Simões, responsável pelo ProAntar, garantiram que 60% pesquisas estão intactas e continuam em andamento, apesar do incêndio ocorrido no mês passado.

Celso Amorim ainda anunciou que o Governo Federal irá trabalhar para liberar crédito extraordinário de R$ 40 milhões para as investigações do incidente, análise territorial de impactos ambientais e remoção de entulhos. Os recursos ainda serão utilizados na manutenção de pequenos centros de pesquisa de emergência, além de um aporte de um navio, que também ajudará nas pesquisas enquanto a nova base é reconstruída.

Para o líder do PT, Walter Pinheiro (BA), este é o momento de “mudar o modo pensar no Brasil para que a pesquisa, ciência e tecnologia sejam vistas como áreas estratégicas”.

Cronograma

O ministro explicou que, de acordo com o cronograma, em 2012 serão elaborados o pré-projeto da nova base e em seguida o projeto detalhado, que vão levar em conta as experiências recentes de outros países, como a da Espanha e a da Coreia do Sul.

O projeto detalhado, explicou Celso Amorim, deverá ser submetido aos países-membros do Tratado da Antártica, o que deve ocorrer, conforme o mesmo cronograma anunciado pelo ministro, em maio de 2013. Só depois da concordância dos signatários do tratado, a reconstrução da base poderá começar. A obra deve ser concluída em três ou quatro anos.

“Se tudo correr muito bem, a construção da nova base vai começar no verão de 2013/2014. Experiência nos mostra que entre o projeto e a construção de uma base na Antártica, há uma fase de três a quatro anos. Isso, desde que os recursos venham de maneira contínua”, disse Celso Amorim.

Com informações da Agência Senado 

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