#SOSAMAPÁ

Apagão no Amapá expõe fracasso da privatização do setor elétrico

A causa do apagão foi a explosão de um transformador da empresa privada Isolux, em Macapá. Sem solução, a população não tem água, hospitais ficam sem geradores e cidades às escuras
Apagão no Amapá expõe fracasso da privatização do setor elétrico

Um apagão no Amapá entrou hoje em seu quarto dia, deixando 13 dos 16 municípios do estado sem energia. A situação também afeta o fornecimento de água, já que sem eletricidade as bombas hidráulicas não funcionam. Cerca de 85% dos 860 mil habitantes, em torno de 730 mil pessoas, está sendo afetada. A causa do apagão foi a explosão de um transformador da empresa privada Isolux, em Macapá.

“O desgoverno é tão alienado que é capaz de ignorar que o Amapá está sem luz e água, e passa seu tempo concentrado em bajular um candidato à presidência de outro país”, advertiu o senador Paulo Rocha (PT-PA).

A demora em solucionar o problema provocou forte reação nas redes sociais local e nacional. A cantora paraense Gaby Amarantos questionou o pouco caso com que são tratadas as pessoas do Norte do pais.

Fernando Haddad pediu, em conta no Twitter, para que o presidente Bolsonaro trabalhasse ao menos um dia pelo povo: “Bolsonaro, esquece o Flávio e o Trump. Já eram. Faça alguma coisa pelo Amapá. Trabalhe um dia. Um dia. UM dia”, escreveu o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo.

“Os mais novos não vão lembrar, mas o Brasil já viveu na década de 90 um apagão durante o Governo FHC. Infelizmente o país volta a ser assombrado por esse fantasma. Amapá vive dias de terror com apagão de energia e falta de água. Enquanto isso, Governo ignora a situação”, lembrou o líder do PT no Senado, senador Rogério Carvalho (SE).

Já o senador Humberto Costa (PT-PE) reforçou em suas redes que “o Amapá está passando por uma situação caótica” e que “no meio disso tudo, hospitais em pane, serviços públicos parados, uma tragédia”.

Usando a hastag #SOSAMAPÁ, o senador chama a atenção para a inércia do presidente: “Bolsonaro segue alheio a tudo. Esqueceu o Brasil. Está muito preocupado com Trump e com seu filho denunciado à Justiça por chefia organização criminosa. É preciso virar essa trágica página da nossa história!”

Sem solução, a população não tem água, hospitais ficam sem geradores e cidades às escuras. Segundo o portal de notícias G1, há filas também em supermercados e locais de revenda de água, e o problema provocou uma corrida ao aeroporto, hotéis, supermercados e shoppings, onde ainda havia energia elétrica por causa de geradores. O prefeito de Macapá, Clécio Luís, decretou estado de calamidade pública na capital por 30 dias.

Na quinta-feira, 5, em coletiva de imprensa, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou que estavam em andamento três “planos” para solucionar o problema. Segundo o ministro, os planos apresentados vão “assegurar o reestabelecimento gradual da carga total de Macapá nos próximo dias”. O plano mais imediato promete restabelecer entre 60% e 70% da energia nesta sexta-feira. Os demais, em 15 ou 30 dias.

A situação é resultado do irresponsável processo de privatização elétrico do país. O incêndio que desencadeou o apagão teve início em subestação da Isolux, empresa privada espanhola. De acordo com o próprio governo, o incêndio destruiu dois dos três geradores da empresa. O terceiro está em manutenção desde dezembro do ano passado. A estatal Eletrobras Eletronorte é quem está dando suporte pra solucionar a crise o mais rápido possível.

Com Agência PT de Notícias

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