Internacional

Após 15 anos, Brasil deve voltar a ser convidado para reunião do G7

Última vez que país esteve no evento foi em 2008, no segundo mandato de Lula. Para senadora Teresa Leitão, formalização do convite será sinal de prestígio com a volta de Lula à presidência
Após 15 anos, Brasil deve voltar a ser convidado para reunião do G7

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Lula deve ser convidado para participar da reunião do G7, que reúne sete dos países mais industrializados do mundo. O evento ocorrerá entre os dias 19 e 21 de maio na cidade de Hiroshima, no Japão.

A informação foi divulgada pelo Jornal da Globo. O convite para o encontro costuma ser feito a países de relevância e que não são integrantes do grupo. A última vez que o Brasil esteve presente na reunião foi em 2008, durante o segundo mandato de Lula.

“Esse convite, quando formalizado, servirá para ilustrar que o Brasil está retomando os seus espaços no cenário mundial, o seu lugar de player global, depois do isolamento em que o governo Bolsonaro meteu o país, nos trazendo incontáveis prejuízos nas nossas relações internacionais”, destacou o senador Humberto Costa (PT-PE).

Durante o governo Jair Bolsonaro, o Brasil ficou marcado pelo isolamento do resto do mundo na política externa. Foi o período em que a abordagem ideológica se tornou uma constante nas relações diplomáticas do país, com direito até a insulto sexista do ex-presidente à primeira-dama francesa, Brigitte Macron.

Para a senadora Augusta Brito (PT-CE), o governo anterior não se importava que o país fosse tratado como um pária internacional. “Deixamos isso para trás e vamos agora construir relações duradouras e construtivas com todos os países. O G7 é o foro apropriado para Lula mostrar que o Brasil está de volta, como tão bem já manifestou o presidente da Alemanha Frank-Walter Steinmeier”, afirmou a parlamentar.

A realidade dos últimos quatro anos contrasta com períodos anteriores, quando o Brasil era uma das nações mais presentes no evento.

A primeira participação do país em reuniões com as economias mais ricas foi em 2003, quando o então presidente Jacques Chirac convidou Lula e outras nações emergentes para a cúpula – naquela época, o grupo tinha a participação da Rússia e era conhecido como G8. Atualmente, são integrantes EUA, Itália, França, Japão, Canadá, Reino Unido e Alemanha.

A possível participação brasileira será um sinal de prestígio com a volta de Lula ao comando do Executivo, segundo a senadora Teresa Leitão (PT-PE). “O presidente já fez algumas viagens internacionais, tem tido um comportamento bastante republicano e, ao mesmo tempo, defende o Brasil nesses fóruns. A participação nesses fóruns é sempre muito importante para uma política de relações exteriores equilibrada. E que recoloque o Brasil no centro desse debate, ocupando o lugar que merece ocupar”.

O Brasil também esteve no evento de 2005, na Escócia. Em 2006, Angela Merkel uma vez mais convidou o país para a cúpula que ela organizava, algo que se repetiu no ano seguinte no Japão e em 2008 na Itália.

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