No dia seguinte à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic), o Banco do Brasil (BB) anunciou, na noite de quinta-feira (19), novo corte de juros. As reduções, diz a instituição em nota para imprensa, “buscam manter as taxas do Banco do Brasil entre as menores do sistema financeiro”. Com esta política, o banco acompanha a estratégia do governo federal de reduzir o custo do crédito no Brasil, atendendo ao pedido da presidenta Dilma Rousseff, para “taxas similares ao dos países desenvolvidos”.
Os cortes anunciados pelo BB beneficiam tanto pessoas físicas quanto empresas. Entre as novas taxas, o crédito consignado que tinha juro mínimo de 0,85% ao mês passa a ter de 0,79%. No financiamento de veículos, o juro cai de 0,99% para 0,95% ao mês. Na pessoa jurídica, no desconto de títulos, houve redução de 1,35% para 1,25%.
No começo do mês o BB anunciou um corte mais amplo nas taxas, em linhas como financiamento de veículos, consignado, cheque especial e crédito para micro e pequenas empresas.
Um balanço divulgado hoje pelo BB mostra que os empréstimos tiveram crescimento desde o dia 12, quando passaram a valer as novas taxas. As linhas de crédito pessoal, por exemplo, registraram, desde aquela data média diária de desembolso de R$ 276 milhões, volume 45% superior à média de março. Só nessa modalidade foram liberados mais de R$ 1,3 bilhão em empréstimos em cinco dias. O crédito para aquisição de veículos teve crescimento de 93%, com média diária de desembolso de R$ 21,3 milhões. Na pessoa jurídica, as operações com micro e pequenas empresas, desde o corte de juros, somam R$ 2,23 bilhões. Ontem, Bradesco e Itaú anunciaram também redução dos juros.
(Com informações da Agência Estado)