A economia brasileira segue avançando e até acelerou o passo no trimestre passado. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), registrou alta de 1,15 por cento do primeiro para o segundo trimestre de 2012, quando havia subido 0,6%. Na prática, o resultado significa que a economia está caminhando em velocidade mais rápida nos últimos meses. O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.
O resultado, que chegou a surpreender alguns analistas de mercado, que previam queda no indicador, só pode ser considerado pouco favorável quando se leva em conta o mês de setembro isoladamente. Nesse caso, houve uma pequena desaceleração em relação a agosto: 0,52%, segundo informações do BC.
O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo Banco Central para que haja maior compreensão da atividade econômica. Esse acompanhamento também contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. O Copom iniciou em agosto do ano passado processo de redução da Selic, como forma de estimular a economia que enfrenta efeitos da crise econômica internacional. Atualmente, a Selic está em 7,25% ao ano. A expectativa do mercado financeiro é que não haja mais cortes na taxa neste ano e em 2013.
O governo também tem adotado outras medidas de estímulo, como a redução do custo da energia, concessões de rodovias e ferrovias, aumento no limite de contratação de operação de crédito para estados, entre outras.
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano é 1,54%. Em setembro, o BC revisou a projeção de expansão da economia em 2012 de 2,5% para 1,6%.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br avançou em setembro 2,39 por cento e, em 12 meses, acumula alta de 0,98 por cento, de acordo com dados dessazonalizados. A variação sobre o terceiro trimestre de 2011, também positiva, foi ainda maior e chegou a 1,84.
Segundo os especialistas de mercado, a economia brasileira sofreu impacto da crise internacional que começou a se consolidar no início deste ano. A indústria continua no topo das preocupações, depois de a produção do setor ter recuado 1 por cento em setembro, no pior resultado em oito meses.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, repetiu nesta semana que o crescimento econômico brasileiro voltou a avançar no segundo semestre deste ano, e terá condições de ficar acima de 4 por cento em 2013.
Com informações do BC e das agências de notícias