A atividade econômica do país registrou o crescimento de 0,22% em abril, na comparação com o mês anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica, divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (15/06). Em relação a abril do ano passado, houve uma redução de 0,02% (sem ajustes). Essa é a primeira queda nesse tipo de comparação desde setembro de 2009, quando o índice recuou 1,79% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nessa época teve início a crise financeira internacional, com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.
No primeiro quadrimestre deste ano ante igual período do ano passado, o crescimento foi 0,78%, no caso do índice sem ajustes, considerado o mais adequado pelos economistas para esse tipo de comparação. Em 12 meses encerrados em abril, o IBC-Br, sem ajustes, registrou alta de 1,65%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar como está a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.
O acompanhamento do índice é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica e contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. O Copom tem reduzido a taxa básica como uma forma de estimular a atividade econômica brasileira, que enfrenta efeitos da crise econômica internacional.
Atualmente a Selic está em 8,5% ao ano, o menor nível desde que a atual política monetária foi adotada, no início de 1999.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia -serviços, indústria e agropecuária.
No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,2 por cento no primeiro trimestre do ano em comparação com os últimos três meses de 2011.
A expectativa do Governo Federal é que a atividade econômica brasileira reaja a partir do segundo semestres, quando serão sentidos os efeitos das medidas de estimulo ao mercado interno e produção. Diante desse cenário e com a inflação em queda, o BC segue reduzindo a taxa básica de juros – desde agosto passado ela já foi cortada em 4 pontos percentuais, para a mínima recorde de 8,50 por cento ao ano.
Com informações de agências onlines