A empresa de auditoria KPMG, uma das mais renomadas do mercado, encaminhou um ofício ao juiz Sérgio Moro informando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não cometeu atos de corrupção na gestão da Petrobras. O período analisado vai de 31 de dezembro de 2006 a 31 de dezembro de 2011.
O pedido da auditoria foi feito pelos advogados de defesa do ex-presidente, com o objetivo de trazer algum tipo de prova pericial ao processo que corre na 13ª Vara Federal de Curitiba, que se baseia em testemunhos e convicções.
Essa já é a segunda empresa internacional de auditoria que isenta Lula. A PricewaterhouseCoopers deu o mesmo parecer a respeito da atuação do ex-presidente na Petrobras no mês passado. Segundo a PwC, não existem atos de corrupção ligados a Lula no período entre 2012 e 2016, período que abarca a Operação Lava Jato.
Os pareceres das companhias se somam ao que já foi dito pelas mais de 70 testemunhas ouvidas no processo que corre em Curitiba, que desconhecem qualquer influência ou aval de Lula dentro do esquema irregular que foi montado na estatal petrolífera. Entre os depoentes está Silvio Pettengill Neto, advogado da Petrobras quando Lula presidia o país (atualmente, é procurador da República) e responsável por aferir a legalidade de contratos e procedimentos adotados na companhia. Diante do juiz Moro, ele afirmou que jamais teve conhecimento de qualquer desvio de valores ou pagamento de propina que tenha tido participação ou chegado ao conhecimento de Lula.