inflação nas alturas

Aumentos sucessivos do gás estouram orçamento familiar

Estudo do Insituto Pólis mostra que, em São Paulo, mais pobres comprometem 11% da renda com gás de cozinha
Aumentos sucessivos do gás estouram orçamento familiar

Foto: Dano Dacorso

Na cidade de São Paulo, os aumentos explosivos do preço do gás de cozinha já comprometem cerca de 11% da renda das famílias com o item básico, aponta levantamento feito pelo Instituto Pólis. O instituto verificou os preços do botijão em 337 revendedores da capital. Esse é um dos resultados da política econômica de Bolsonaro que tem massacrado a população brasileira.

Nos últimos 12 meses o gás de cozinha acumulou um aumento de 32,45%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE). Ainda segundo o estudo, nos dois quintos mais pobres da população em São Paulo, o preço médio do gás de cozinha é de R$ 122,56, mas já ultrapassa R$ 130 em bairros com renda mais baixa, como Jaraguá, Tremembé, Guaianases e Grajaú.

Para se ter uma ideia do quanto a inflação corrói muito mais o poder aquisitivo dos mais pobres, o gasto com gás para uma família que ganha cinco salários mínimos corresponderia a um índice entre 1,6% e 2,4% da renda, cerca de 10 vezes menos do que para os que recebem meio salário mínimo, relata o Pólis.

Ainda de acordo com o estudo do instituto, os aumentos atingem de modo mais agudo famílias chefiadas por mulheres que ganham até um salário mínimo. Do mesmo modo, regiões cuja população negra é maior do que a média municipal, de 37%, também são mais afetadas.

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