“Do ponto de vista do governo, nossa |
A presidenta Dilma Rousseff afirmou, em entrevista à Rádio Itatiaia, na manhã desta quinta-feira (24), que o Governo Federal avançou no cumprimento dos cinco pactos propostos após os protestos de junho. Ela citou como exemplo a sanção do programa Mais Médicos e a aprovação da destinação dos royalties do petróleo e dos recursos do Fundo Social para a educação e a saúde. “Do ponto de vista do governo, nossa avaliação é absolutamente baseada em fatos, dados, objetiva”, afirmou que ainda defendeu o direito às manifestações, mas repudiou o uso da violência e a depredação do patrimônio.
Logo depois, Dilma anunciou a realização de 310 projetos de pavimentação e saneamento selecionados para receber R$ 13,5 bilhões do Governo Federal. Os investimentos vão beneficiar 1,2 mil municípios. “Esgoto não é magnífico na aparência, tem que estar enterrado, tratado, bem coletado e se traduz em projetos técnicos de alta qualidade”, afirmou ao acrescentar que em dois anos foram investidos pouco mais de R$ 39 bilhões. “Colocar tanto dinheiro em saneamento e pavimentação seria impensável uma década atrás”.
Os recursos serão destinados à pavimentação de 7,5 mil quilômetros de vias e recapeamento e implantação de ciclovias, além de 15 mil quilômetros de calçadas, sinalização, acessibilidade e faixas de pedestres. Na área de saneamento, os recursos serão para obras de sistemas de drenagem de águas pluviais, redes de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
As obras de pavimentação também fazem parte do pacto estabelecido pelo Governo após as manifestações de junho para melhorar a mobilidade urbana. Em relação às obras de saneamento, Dilma disse que elas “desaparecem” depois que são feitas, mas produzem efeitos positivos nos dados da saúde pública. “Talvez sejam uma das maiores prevenções que se pode fazer na área da saúde, em especial da mortalidade infantil”.
Segundo a presidenta, em 2005, o valor disponível para investimento na área, em todo o Brasil, era limitado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em R$ 500 milhões. “Lutávamos dia sim outro também para aumentar o investimento na área de saneamento. Tínhamos consciência de que não tinha investimento e os problemas eram imensos. (…) Era essa a realidade, para investir em todo o Brasil. Essa era a realidade dos saneamento. porque, se o governo não tinha dinheiro, se o estado ou o município não tinham, não tinha projeto, engenheiro, e não se fazia obra de saneamento”, destacou.
Com informações do Blog do Planalto