Um caso de tráfico internacional de drogas dentro de um dos aviões da comitiva brasileira é o novo vexame internacional do atual governo. O avião da Força Aérea Brasileira utilizado pela comitiva oficial estava a caminho do Japão, onde Bolsonaro participa da reunião do G20. Ao saber do ocorrido, o governo brasileiro desviou a rota do avião presidencial do aeroporto de Sevilha, onde ocorreu o flagrante de tráfico.
Segundo os jornais espanhóis, a prisão de um militar brasileiro com 39kg de cocaína ocorreu quando a aeronave fez uma escala de duas horas no aeroporto de Sevilha, na Espanha, com destino a Osaka, no Japão. O militar encontra-se em prisão provisória, acusado de um crime contra a saúde pública, sem direito à fiança. Segundo a polícia local, o militar portava uma mala contendo 37 pacotes com a droga, “sequer camuflados entre as roupas”.
Diante do fato, o presidente Bolsonaro anunciou em sua conta no Twitter que pediu a seu ministro da Defesa por “colaboração imediata” com a polícia espanhola. O Ministério da Defesa, por sua vez, informou em comunicado que “repudia” as ações militares e que colaborará com as autoridades espanholas na investigação. Já o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), referindo-se ao militar preso em flagrante, tentou minimizar o fato dizendo tratar-se de uma “mula qualificada”.
A situação causou estranheza entre especialistas em segurança governamental, tanto pelas circunstância do ocorrido quanto pelas explicações oficiais. Nas redes sociais, é questionado o fato de um “traficante internacional”, ou uma “mula qualificada”, ter acesso tão facilitado em uma comitiva presidencial internacional. As autoridades devem uma explicação sobre como um militar introduz grande quantidade de drogas em uma aeronave oficial, burlando a fiscalização.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, o preço da grama da cocaína na Espanha no varejo é de US$ 64. Os 39 quilos, portanto, têm valor aproximado de US$ 2,5 milhões, ou de R$ 10 milhões. Segundo a revista Veja, o militar é o segundo-sargento Silva Rodrigues, de 38 anos, que atuava no Grupo de Transportes Especiais da FAB como comissário de bordo. O militar retornar ao Brasil no avião presidencial.
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