Bahia: recuperação de estrada beneficia quilombolas

Investimento garante o desenvolvimento econômico e o turismo em cidades históricas.

Motoristas e passageiros que transitam diariamente pelos 16,3 quilômetros da BA-880, no Recôncavo Baiano, contam com a pista completamente recuperada. Além de comodidade e segurança para os viajantes, a estrada reinaugurada na última quarta-feira pelo governador Jaques Wagner (PT) é importante para o desenvolvimento do turismo nas cidades históricas de Cachoeira, São Félix e Santo Amaro, e para o escoamento da produção local, onde estão localizadas 14 comunidades quilombolas.

Cerca de 94 mil pessoas, principalmente dos distritos de Opalma, Santiago do Iguape e São Francisco do Paraguaçu, são beneficiados com a rodovia, que recebeu investimentos de mais de R$ 6,5 milhões. A recuperação também inclui ampliação de pontes no trecho, serviço que ainda está sendo executado. A obra é reivindicada há décadas pelos moradores das diversas comunidades da região do Iguape.

O líder da bancada do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), participou da inauguração e  destacou o novo ciclo de desenvolvimento vivido pela Bahia, com políticas públicas que levam ao interior a infraestrutura e os investimentos necessários à melhoria da qualidade da vida da população e ao incremento da atividade econômica. “São ações como esta que fortalecem a economia regional. Assim, vamos levando desenvolvimento para o interior da Bahia”.

O governador Jaques Wagner destacou a importância histórica da região. “Cachoeira foi a pioneira no processo de independência da Bahia e do Brasil, lugar carregado de tradição”, afirmou, lembrando o levante armado da população local, em 25 de junho de 1822, que deu início aos combates contra as tropas portuguesas pela independência.

Quilombola e pescador, Edson da Conceição Falcão, 68 anos, disse que ficou emocionado. “Esta estrada foi um sonho nosso há muitos anos. Desde que eu nasci, ouvi falar”. Ele informou que a recuperação é importante para a educação, para vender os produtos da roça e da pesca e para a saúde dos moradores.

Outra quilombola, Maria Tereza Ferreira, 73 anos, comemorou. “Antes, a gente aqui só pisava na lama. Agora, faz uma viagem sem pensar no que não presta, porque o carro só atolava e caía no barro. Está mais fácil de vender o que a gente tira na roça”. Já a estudante Lucineide Costa, 17 anos, moradora de Opalma, não se atrasa mais para as aulas, depois da conclusão da obra. “Antes, era só buraco e lama. Agora a gente consegue pegar o ônibus e chegar a tempo da primeira aula”.

Assessoria do senador Walter Pinheiro

 

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