Resultado mostra a reversão do déficit que foi apurado de janeiro a junho de 2014O Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta quarta-feira (1º) o resultado da balança comercial brasileira relativa ao mês de junho. As exportações de janeiro a 30 de junho somaram US$ 94,329 bilhões e as importações US$ 92,107 bilhões, totalizando uma corrente de comércio da ordem de US$ 186,436 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2014 houve queda de 16,6%, mas o sinal positivo é que o saldo comercial teve superávit de US$ 2,222 bilhões. Esse resultado mostra a reversão do déficit que foi apurado de janeiro a junho de 2014 quando atingiu US$ 2,512 bilhões.
No acumulado em doze meses, de acordo com o ministério, o superávit está em US$ 659 milhões, embora esse valor tenha ficado 76,1% abaixo do saldo apurado no período equivalente de doze meses encerrados em junho de 2014, de US$ 2,905 bilhões.
Especificamente em junho, as exportações alcançaram US$ 9,537 bilhões em produtos básicos; US$ 7,368 bilhões em produtos manufaturados e US$ 2,249 bilhões em semifaturados. Em relação ao ano anterior, pela média diária de exportações, os produtos básicos caíram 16,4% e os semifaturados 8,4%, mas os manufaturados cresceram 4,1%.
No grupo dos manufaturados, no qual há processo de inovação tecnológica, as vendas para o exterior cresceram em produtos para extração de petróleo; torneiras e válvulas (+90,7%, para US$ 110 milhões); aviões (+51,4%, para US$ 496 milhões); automóveis de passageiros (+45,9%, para US$ 429 milhões); veículos de carga (+26,3%, para US$ 199 milhões) e autopeças (+11,9%, para US$ 221 milhões).
Para os Estados Unidos, em junho, as vendas tiveram um recuo de 4,7%, por conta de produtos semifaturados de ferro e aço, café em grão, motores e geradores, ferro fundido, etanol, motores e turbinas para avião, soja em grão e suco de laranja congelado.
A reversão do déficit no período de janeiro e junho marca uma virada de página, porque esse resultado mostra que a economia brasileira reúne os fundamentos para recuperar o terreno perdido no comércio exterior. O Plano de Exportações lançado em recentemente e o balanço das viagens internacionais da presidenta Dilma e sua equipe de ministros, para o México e nesta semana para os Estados Unidos, teve como resultados acordos bilaterais de comércio que tendem a aumentar o superávit da balança, em todos os setores, de produtos básicos a manufaturados.
Marcello Antunes