“Nesta noite, nenhuma criança cubana dormirá nas ruas. Mas todas as crianças sem teto, sem nada, sonharão com o mundo solidário e belo com que sonhava Fidel”
26 de novembro de 2016 | 20h32
Foto: Marcelo Montecino
A Bancada do PT no Senado lamenta profundamente a morte do grande líder Fidel Castro. O “maior de todos os latino–americanos”, como bem o definiu o ex-presidente Lula, nos deixou ontem provocando reações de luto e respeito no mundo inteiro.
Reconhecemos o gigantesco legado de Fidel na luta por um mundo mais digno, humano, justo e solidário.
Fidel transformou uma Cuba que, sob o tacão do terrível ditador Fulgêncio Batista, era, no dizer de Arthur M. Schlesinger, Jr, assessor do presidente Kennedy, um “grande cassino e prostíbulo”, num país de verdade. Pequeno, mas soberano. Pobre, mas justo. Um país digno.
Ao longo de mais de meio século, essa pequena ilha situada a pouco mais de 100 quilômetros do gigante EUA resistiu a tudo: invasões, tentativas de assassinato de seu líder, pressões de toda ordem, um absurdo embargo comercial ilegal e campanhas contínuas de mentiras. Ao longo de mais de meio século, Cuba transformou-se, apesar de tudo isso, no país com os melhores indicadores sociais da América Latina. Um país no qual não há nenhuma criança sem escola ou que durma nas ruas.
Esse é o grande legado de Fidel, que disse que a humanidade devia ser uma grande família solidária, não uma “selva capitalista” de homens tacanhos.
No Brasil, pudemos sentir esse legado solidário de Fidel nos médicos cubanos que tocaram com afeto os corpos maltratados dos nossos pobres e o coração aflito dos que não tinham assistência à saúde.
Esse legado de justiça, igualdade e solidariedade é eterno. E, goste-se ou não de Fidel ou de Cuba, há de se reconhecer que ele sempre será considerado um dos maiores líderes políticos mundiais. A História já o absolveu. A História já o acolheu entre seus grandes.
Nesta noite, nenhuma criança cubana dormirá nas ruas. Mas todas as crianças sem teto, sem nada, sonharão com o mundo solidário e belo com que sonhava Fidel.
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