13 de novembro de 2016 | 14h50
A bancada do PT no Senado Federal repudia, de forma veemente, mais uma desesperada tentativa de envolver o ex-presidente Lula em atos pretensamente irregulares, com os quais ele nada tem a ver, na caçada policial-midiática que busca criminalizá-lo.
A matéria de capa deste domingo da Folha de São Paulo é o exemplo mais bem acabado desse Estado de exceção criado no Brasil nos últimos meses, em que autoridades estatais usam de suas prerrogativas legais para perseguir cidadãos, construindo situações que sirvam de pretexto a culpabilizar pessoas inocentes, com ampla cobertura e apoio de grandes grupos da imprensa.
É inacreditável que uma suspeita de reforma na piscina do Palácio da Alvorada – um bem público de propriedade do Estado brasileiro -, que a própria Polícia Federal reconhece “não ter elementos para apontar o local em que a obra foi feita”, seja utilizada em como possível reforço “das acusações da Lava-Jato contra o ex-presidente Lula” e “evidência de que o ex-presidente recebeu favores também no exercício do mandato”, como faz crer o próprio jornal.
O consórcio montado para essa perseguição política, já duramente rechaçado por especialistas e foros brasileiros e internacionais, está cada vez mais evidenciado por situações como essa, em que desarrazoadas suspeitas são construídas pelas autoridades e veiculadas pela mídia como verdades, com o único propósito de criar elementos que transformem inocentes em culpados e justifiquem a própria caçada empreendida contra desafetos.
Essa conivente associação entre órgãos oficiais e de imprensa para perseguir adversários é um conhecido método das ditaduras, que o Brasil teve a tristeza de experimentar no período do regime militar e que se imaginava sepultado com a restauração da democracia. No entanto, fica cada vez mais claro que não o foi.
A bancada do PT manifesta sua total solidariedade ao ex-presidente Lula e reitera todo o apoio na luta pela verdade e para que a sua biografia não seja maculada por aqueles que, por temer seu poder político, querem eliminá-lo da vida pública.
Brasília, 13 de novembro de 2016
Bancada do PT no Senado