Lançado na última segunda-feira (14/05) pela presidenta Dilma Rousseff, o programa Brasil Carinhoso é uma “aposta no futuro”, um investimento do País na erradicação da pobreza extrema entre as crianças de zero a seis anos. “Como destacou a presidenta, estamos combatendo a desigualdade pela raiz”, afirmou a senadora Ângela Portela (PT-RR), que participou do anúncio do programa, no Palácio do Planalto, e registrou as principais ações que serão desencadeadas pelo governo.
O Brasil Carinhoso vai destinar uma bolsa de R$ 70 a todas as famílias em condição de pobreza extrema que tenham entre seus membros crianças na faixa de zero a seis anos. Além disso, vai implantar 6 mil creches, até 2014 e garantir suplemento vitamínico e reforço na atenção à saúde dessas crianças. Atualmente, as crianças atendidas em creches públicas representam menos de 20% do total dessa faixa etária, como enfatizou Ângela Portela. “Há aproximadamente uma década, de 2003 a 2012, a sociedade brasileira vem assistindo ao Governo Federal inverter, de forma significativa, a lógica para o investimento do dinheiro público”, destacou a senadora, lembrando que essa inversão de prioridades também está expressa no combate aos juros altos e deverá chegar em breve à redução do peso da carga tributária. “São políticas que se somam para garantir o desenvolvimento, não apenas do país, mas principalmente das pessoas”. 
Os senadores petistas Aníbal Diniz (AC), Jorge Viana (AC) e Eduardo Suplicy também destacaram o lançamento do Brasil Carinhoso em seus pronunciamentos, na tarde da última segunda-feira. Para Suplicy, a iniciativa do governo será “a mais importante ação de combate à pobreza absoluta, na primeira infância, já lançado no País. O programa, segundo Aníbal, deixa evidente a preocupação do governo com “a formação desses brasileirinhos, que vão ser responsáveis pela condução do País no futuro”. O senador acreano elogiou a sensibilidade do Executivo e o caráter “ambicioso e ousado” do programa.
Jorge Viana, ex-prefeito de Rio Branco e ex-governador do Acre, ressaltou a importância de o administrador público substituir a idéia de “administrar pessoas” pelo compromisso de cuidar da população. “Administrar é uma coisa fria, onde as pessoas viram números, tudo vira uma decisão política ou econômica”.
Para ele, a ideia do cuidar cabe bem no Brasil — referência mundial no combate à pobreza, com programas como O Bolsa Família e que investe, agora, especialmente, nas crianças até seis anos de idade.
“O Brasil se consolida diante do mundo como uma nova economia, como um dos países em desenvolvimento que são a esperança de o mundo sair dessa crise financeira. Mas de nada vai adiantar sermos uma referência econômica se não fecharmos as chagas abertas durante parte da nossa história” Cyntia Campos
