Senador trabalha para garantir o mandato legítimo da presidenta DilmaO senador José Pimentel afirmou nesta quinta-feira (11) que o trabalho de convencimento dos senadores será mantido nas próximas semanas para impedir o afastamento definitivo da presidenta da República, Dilma Rousseff. “Estamos todos trabalhando na busca dos votos necessários para a presidenta Dilma voltar”, afirmou. “Nós estamos conversando com muitos senadores o tempo todo. O lado de lá também”, explica Pimentel. Segundo ele, o principal argumento utilizado para convencer os senadores a votarem contra o impeachment é o de que o presidente interino Michel Temer está desconstruindo importantes conquistas socais realizadas nos governos Lula e Dilma. “É aquela velha tese. Quem paga a conta num sistema de governo conservador são os mais pobres”, disse. O senador destacou entre os programas ameaçados o Bolsa Família, os investimentos em qualificação profissional, o Sistema Único de Saúde, além da política de aumento real do salário mínimo e dos benefícios da Previdência Social. “A política de inclusão social que nos permitiu retirar 41 milhões de pessoas da extrema pobreza, nos últimos 10 anos, pode ser totalmente desarticulada”, destacou. Pimentel disse que na decisão sobre a pronúncia a articulação do governo Temer não conseguiu o resultado que esperava (63 votos). Os 59 votos foram alcançados por senadores do próprio PMDB que se ausentaram na etapa anterior. Segundo Pimentel, “o governo interino fez um conjunto de promessas e não está conseguindo cumprir, até porque o país não comporta os compromissos que ele [Michel Temer] assumiu com diversos segmentos da sociedade brasileira para afastar a presidenta legitimamente eleita pelo voto democrático e direto”, considerou. O senador esclareceu ainda que muitos votos favoráveis ao impedimento da presidenta Dilma são resultado de negociações que envolvem o processo eleitoral de 2018. “Dos 81 senadores, 54 podem participar das eleições de 2018 e esse processo passa pelos acordos nos estados que incluem, por exemplo, a renegociação das dívidas estaduais. Portanto, todas essas variáveis estão em discussão e interferem na conclusão do processo de impeachment”, afirmou. Fonte: Assessoria de imprensa do senador José Pimentel Dia de desonra no Senado: relatório golpista é aprovado Pronúncia de Dilma no impeachment começa com propina a Temer no Jaburu