BC aponta que inadimplência ficou estável no mês de março: 3,6%

A inadimplência fas pessoas físicas também é estável, 5,4%. Nos financiamentos feitos pelas empresas o nível de atraso nos pagamentos ficou em 2,2%.

Ao divulgar nesta sexta-feira (26) o balanço das operações de crédito relativo ao mês de março, o Banco Central aponta um indicador que esvazia a tese de que o cenário econômico está ruim, como tenta estabelecer parte da oposição quando pinça nas entrelinhas qualquer sinal que indique a possibilidade de alta dos juros. Mas basta analisar o relatório de Política Monetária para constatar que o cenário não é ruim: a inadimplência do sistema financeiro, que é o não pagamento de prestações com atrasos acima de 90 dias, ficou estável em março, em 3,6% do saldo total dos créditos, tanto para empresas quanto para as pessoas físicas.

Isoladamente, a taxa de inadimplência nas operações de crédito para as pessoas físicas permaneceu estável em março, em 5,4%. Nos financiamentos feitos pelas empresas o nível de atraso nos pagamentos ficou em 2,2%.

Esses indicadores mostram que as pessoas e as empresas estão honrando seus compromissos quando fazem o financiamento usando alguma linha de crédito. O Banco central também aponta que houve uma discreta expansão de dinheiro disponível para empréstimos por parte dos bancos.

De acordo com os dados, considerando as operações de crédito com recursos livres (crédito pessoal e demais linhas de crédito) e com recursos direcionados (empréstimos destinados a determinados setores ou atividades), o estoque total atingiu R$ 2,4 trilhões, com aumento de 1,8% em relação a fevereiro e 16,7% em doze meses. A relação crédito/PIB ficou em 53,9%, dos quais 29,3% para as empresas e 24,6% para as pessoas físicas.

O crédito livre para as pessoas físicas atingiu um saldo de R$ 701 bilhões, 0,6% acima do estoque verificado em fevereiro e 9,2% em doze meses. Houve crescimento de 1,8% nas operações do crédito pessoal e uma redução de 2,1% no cheque especial. Esse percentual indica que as pessoas estão evitando entrar nos limites do cheque especial, linha de crédito de caráter emergencial que ainda tem as maiores taxas de juros.

Em relação ao saldo total das operações de crédito direcionado, a proporção com o PIB ficou em 22,5%, equivalente a R$ 1,01 trilhão, 2,3% acima do saldo de fevereiro e 24,1% maior do saldo existente em março do ano passado. Isso quer dizer que a economia está avançando, já que nesses créditos direcionados as empresas financiam novos projetos. No caso de crédito direcionado para as pessoas físicas, os financiamentos imobiliários cresceram 2,8%, bom sinal para o setor de construção civil.

Confira o estudo do Banco Central

 

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