Bernardo espera volta da venda de chips em quinze dias

Para o ministro prazo de suspensão é "suficiente" para que empresas apresentem seus planos de melhorias e investimentos como "compromisso público".

Após reunião de duas horas com a presidenta Dilma Rousseff nesta terça-feira (24/07), falando aos repórteres que  esperavam, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que o governo estipulou um prazo entre 10 a 15 dias, para que as operadoras de telefonia móvel apresentem soluções de curto prazo para falhas nos serviços e que as vendas de chips sejam retomadas.

Desde a última ontem (19), as operadoras Claro, Oi e TIM estão proibidas de comercializar chips e serviços de internet nos estados e no Distrito Federal, onde onde lideraram os índices de reclamações feitas aos Procons e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pela baixa qualidade dos serviços que vêm prestando aos clientes..

O encontro da presidenta com o ministros se estendeu por quase duas horas. Segundo Bernardo, Dilma está “muito interessada” no assunto. “Ela evidentemente está muito interessada e queria saber como vamos sair disso. Falei para a presidenta resumidamente de que não temos a expectativa de que em 10 dais ou 15 dias esses problemas estarão solucionados. Nós achamos que em 15 dias, por exemplo, é um prazo muito razoável para apresentar e garantir que os problemas serão resolvidos em um cronograma que vai ser seguido a cada dois meses, a cada três meses pela Anatel”, disse ele, assim ao deixar o Palácio do Planalto.O ministro acrescentou ainda que o governo não tem pressa na suspensão da proibição, embora acredite que 15 dias seja prazo mais do que suficiente para que as empresas apresentem um compromisso de boa qualidade nos serviços que cobram.

“Ela [a presidente Dilma Rousseff] acha que foi bem conduzido pela Anatel e tem que ser bem conduzido agora. Eu falei: ‘presidenta, nós não vamos resolver isso em 15 dias, mas nós achamos que num um prazo de 15 dias é possível ter um plano, ter compromissos públicos que sinalizem pra solução desses problemas’. E aí autorizamos a vender os chips, as novas linhas, condicionada ao cumprimento desses compromissos”, explicou o ministro.

Paulo Bernardo disse ainda que os planos de melhorias e investimentos que as três empresas estão apresentando nesses dias serão publicados no site da Anatel, para que os consumidores possam acompanhar o cumprimento dos compromissos firmados.Ele disse, por fim, que a medida foi “dura”, mas “inevitável”.

“Consideramos que foi uma medida muito forte, muito dura mas que era inevitável. Nós tínhamos um volume de reclamações muito grande e era preciso dar uma arrumada um freio de arrumação no setor e, por conta disso, acho que a Anatel agiu corretamente”, afirmou. Hoje, segundo os jornais, veio a público a informação de que a ação da Anatel também foi motivada pelo temor de que a baixa qualidade nos serviços prestados pelas três operadoras se transformasse em “risco sistêmico”, ameaçando toda a infraestrutura de telecomunicações do Brasil.O próprio ministro admitiu que sua operadora de celular, a TIM, apresentou problemas na semana passada. “Ele [celular] começou a funcionar, mas de fato na sexta-feira ele estava sem rede 3G. Imagina, se eu quisesse tuitar reclamando não ia poder”, brincou.

(Com informações das agências)

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