Serviços ameaçados

Beto Faro critica sucateamento do serviço público e pede concursos

Senador quer planejamento urgente que garanta a contratação de novos servidores e garanta o atendimento satisfatório à população que depende de políticas públicas
Beto Faro critica sucateamento do serviço público e pede concursos

Foto: Alessandro Dantas

Órgãos importantes estão sofrendo com o sucateamento dos serviços públicos federais nos estados, prejudicando especialmente a população. O alerta foi feito nessa quarta-feira (19) pelo senador Beto Faro (PT-PA), que pediu urgência na realização de concursos para recompor os quadros e garantir o devido atendimento aos que mais dependem das políticas de governo.

“Tenho visto a precariedade deixada nesses últimos anos devido à falta de concursos. Não estou fazendo aqui o debate sobre o Estado mínimo, mas sobre o Estado necessário para que a gente possa de fato atender a população”, apontou o senador.

Beto citou como exemplo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão essencial para garantir o acesso à terra e a infraestrutura dos assentados já existentes no Pará e na região Amazônica. De acordo com o senador, a falta de concurso público deixou a superintendência de Belém com menos de um terço dos servidores que havia anos atrás.

Só a unidade de Belém é a maior do Brasil, garantindo apoio a mais de 100 mil famílias assentadas nos projetos de reforma agrária locais.

“Naquela superintendência, por exemplo, de 60% a 70% do número de assentados são de ilhas, comunidades ribeirinhas, assentamentos nos municípios da região da Ilha do Marajó e do Baixo Tocantins. São localidades onde todo o trabalho tem que ser feito pelos rios, pelas águas. Não tem uma lancha, não tem um transporte adequado para nenhum servidor do Incra atender àquelas pessoas”, lamentou.

O parlamentar disse ainda tratar de emendas parlamentares para garantir infraestrutura aos assentamentos. O problema é que não há servidores na superintendência para elaborar e acompanhar os projetos, dificultando as ações.

“É necessário fazer, urgente, um planejamento de concursos e buscar uma alternativa de recomposição da força de trabalho do serviço público para atender essas populações. Sob pena da gente ter programas, de aprovarmos recursos no Congresso e as políticas não conseguirem chegar definitivamente na ponta, ao povo”, finalizou o parlamentar.

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