O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai investir R$ 1 milhão, na restauração florestal de 62 hectares de Mata Atlântica na Reserva Biológica Poço das Antas. A área, localizada no município de Silva Jardim no Rio de Janeiro, abriga a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD) que promove a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica, habitat natural da espécie primata ameaçada de extinção.
O reflorestamento fará a conexão de fragmentos de áreas onde sobrevive o mico-leão-dourado, espécie endêmica, encontrada atualmente em apenas oito municípios do Rio de Janeiro e em mais nenhum lugar no mundo. Para considerar a espécie livre da ameaça de extinção, é necessária uma população de aproximadamente dois mil indivíduos livres na natureza. Para tanto, existe a meta de proteção e interconexão de 25 mil hectares de floresta de Mata Atlântica, até 2025.
Além de promover a política pública estabelecida pela Lei da Mata Atlântica, para a recuperação do Bioma, o apoio à AMLD incentiva a capacitação e geração de renda para comunidades de baixa renda. O financiamento utiliza recursos do BNDES Fundo Social, no âmbito da Iniciativa BNDES Mata Atlântica e prevê a estruturação de uma cadeia produtiva na região, com a geração de 36 empregos verdes (restauradores) diretos e indiretos.
Plantadores, viveiristas, técnicos e educadores serão selecionados majoritariamente nas comunidades locais para trabalhar no projeto. Parte dos recursos será destinada ao treinamento desses trabalhadores, visando elevar o nível educacional, a habilidade profissional e o empreendedorismo socioambiental da associação. A expectativa é reflorestar até 4 mil hectares de Mata Atlântica nesta primeira edição do programa. Todos os projetos têm duração média de três ou quatro anos, com o mínimo de dois anos para manutenção.
Espécies ameaçadas
No Brasil existe uma enorme variedade de animais. Todas as espécies têm significado para o equilíbrio da natureza. Além de importância científica, social, estética e econômica, a fauna silvestre é fundamental para a sustentabilidade dos ecossistemas.
Entre os mais famosos animais brasileiros estão o tamanduá-bandeira, a onça-pintada, o peixe-boi, o boto-rosa e a arara-azul-de-lear. Algumas espécies não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.
O processo de extinção faz parte do curso natural das espécies. Trata-se de um evento lento causado por fatores como o surgimento de competidores mais eficientes e catástrofes naturais.
Atualmente, a principal ameaça às espécies é o ser humano. Sua intervenção nos ecossistemas do planeta acelerou o desaparecimento de animais e plantas, um processo que deveria ocorrer lentamente. O mau uso dos recursos naturais, a poluição e a expansão urbana estão entre os fatores que degradam ambientes naturais e reduzem o número de habitats para as espécies.
Ações contra o desmatamento
O Brasil assumiu posição de vanguarda entre os países em desenvolvimento durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas realizada em Copenhague em 2009, e apresentou a meta de reduzir o desmatamento em 80% até 2020 e as emissões de CO2 entre 36.1% e 38,9% até o mesmo ano. Esses objetivos fazem parte da Política Nacional de Mudanças Climáticas, lançada em 2009.
Para atingir suas metas, o governo planeja diversas ações, como a criação de novas áreas protegidas, sobretudo na Amazônia, e estimula empresas brasileiras a agir em prol do clima. No final de agosto, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) firmou com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) acordo para construção do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas do Setor Industrial.
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