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BNDES já aprovou R$ 2,1 bi em crédito para empresas no Plano Brasil Soberano

Das 3.702 empresas que consultaram a elegibilidade no site do BNDES, 1.444 foram identificadas como elegíveis, de acordo com o critério de impacto das tarifas a partir de 5% no faturamento bruto

CNI

BNDES já aprovou R$ 2,1 bi em crédito para empresas no Plano Brasil Soberano

Indústria é um dos setores contemplados pelo Plano Brasil Soberano

A partir da determinação do presidente Lula de “não deixar nenhuma empresa para trás”, como relatou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o Brasil iniciou dia 18 de setembro a oferta de R$ 40 bilhões em linhas de crédito do Plano Brasil Soberano para proteger as empresas do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Nesses 13 dias de operação, o banco informou que já foram aprovados R$ 2,1 bilhões em crédito emergencial. Nas 153 operações realizadas, R$ 1,96 bilhão foram destinados à linha Capital de Giro para gastos com despesas operacionais, e outros R$ 160,8 milhões à linha Giro Diversificação, com foco na busca de novos mercados.

Das 3.702 empresas que consultaram a elegibilidade no site do BNDES, 1.444 foram identificadas como elegíveis, de acordo com o critério de impacto das tarifas a partir de 5% no faturamento bruto.

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“Com o trabalho dos empregados do BNDES e das mais de 50 instituições financeiras parceiras, estamos conseguindo, com a agilidade necessária, apoiar as empresas brasileiras para que mantenham seus negócios, busquem novos mercados e protejam os empregos”, informou em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O banco informou ainda que R$ 200 milhões estão em análise na linha Capital de Giro e outros R$ 2,4 bilhões estão sendo avaliados na linha Giro Diversificação. O programa prevê R$ 30 bilhões via Fundo de Garantia à Exportação (FGE), administrado pelo BNDES, para empresas que perderam ao menos 5% do faturamento com as sobretaxas de 50% sobre produtos brasileiros. Outros R$ 10 bilhões serão destinados pelo próprio BNDES.

Tarifaço não vai durar, prevê Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou os efeitos do tarifaço. “Impacto macro na economia não vai ter nessas medidas anunciadas. Agora, micro vai. E atrapalha muitas famílias brasileiras esse tipo de comportamento que estamos observando”, disse o ministro ao observar que o Brasil não usou, até agora, a Lei da Reciprocidade aprovada pelo Congresso Nacional.

Diante dos efeitos negativos tanto para os EUA como para o Brasil, Haddad disse ter esperança de que as tarifas sejam revistas e aposta na abertura de um canal de diálogo.

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“Não penso que [o tarifaço] vá durar. Sempre acredito que o bom senso irá prevalecer. Temos de apostar nele, sem bravata. O presidente não fez um único discurso de animosidade. Muito pelo contrário. Vamos resolver. Estamos caminhando com dignidade para uma negociação”, afirmou durante evento em São Paulo nesta segunda-feira (29/9).

A grande maioria dos brasileiros viu motivação política no tarifaço estadunidense contra o Brasil. A pesquisa Ipsos-Ipec divulgada dia 12 de agosto mostrou que 75% veem essa motivação e 12% acreditam que se trata exclusivamente de uma questão comercial, enquanto 5% enxergam as duas razões.

Acesso simples e rápido

O crédito liberado pelo governo via Plano Brasil Soberano visa fazer com que as empresas financiem capital de giro e façam investimentos na adaptação da atividade produtiva, aquisição de máquinas, equipamentos e busca de novos mercados, garantindo emprego e renda dos brasileiros

As empresas interessadas devem acessar os critérios de priorização para o acesso ao Plano Brasil Soberano e solicitar o crédito no site do BNDES. Há um vídeo que explica como as empresas devem fazer para acessar o serviço.

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O primeiro passo é fazer a autenticação na plataforma GOV.BR por meio do certificado digital da empresa. Após a autenticação, sistema verificará se a empresa é elegível e listará as soluções do Plano Brasil Soberano que poderão ser solicitadas.

Após a confirmação da elegibilidade, as empresas podem procurar os bancos e fazer o pedido de liberação dos recursos. No caso das grandes empresas, também é possível diretamente com o BNDES.

Lançado dia 13 de agosto pelo presidente Lula, o Plano Brasil Soberano visa mitigar os impactos econômicos das tarifas de 50% impostas pelo governo estadunidense com estratégias de fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores, incentivo a investimentos em setores estratégicos e diplomacia, assegurando a continuidade do desenvolvimento econômico do país.

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